Crianças Solidárias

Crianças Solidárias

Mônica de Oliveira Costa *

A maior doença das nossas crianças é a solidão - Maeve Vida (editora Omnisciência).

Diante de tantas catástrofes que vem ocorrendo desde o final de 2009 devido à força da natureza, salta aos nossos olhos a solidariedade de tantas pessoas na tentativa de minimizar o sofrimento daqueles que perderam familiares e moradias. Isso é a manifestação de amor e respeito pelo ser humano.

Os sentimentos de amor, respeito e solidariedade podem ser despertados na mais tenra idade e, com certeza contribuirá para um futuro melhor.

Atitudes simples, como ensinar a criança a agradecer, a dizer “por favor” antes de qualquer pedido, a executar pequenas tarefas do cotidiano, como arrumar a cama e guardar os brinquedos farão com que essa criança se torne um adulto responsável e colaborador.

O despertar do respeito pelo próximo, plantas, animais e o meio ambiente pode transformar a realidade de todos. Evitar o desperdício da água, energia, não jogar lixo na rua são ações que muito podem contribuir para minimizar um futuro não muito agradável que é previsto pelos estudiosos do meio ambiente.

Como despertar a criança para que ela se torne solidária? Trazendo-a para junto de nós.

Vamos resgatar nossas crianças para que não se isolem em frente à TV e ao computador.

Vamos favorecer a participação delas em nossas vidas.

Vamos transformar nossas atividades rotineiras em algo mais lúdico para que tanto os filhos como a nossa criança interior possam despertar.

Vamos todos juntos arrumar a mesa do jantar, preparar a salada, escovar os dentes e contar histórias antes de dormir. Objetos perdidos pela casa? Podem virar uma divertida brincadeira (“está quente, está frio”) na hora da arrumação de cada cantinho da casa.

Tudo pode se tornar mais interessante para instigar a ludicidade tão pronta das nossas crianças. O resultado será animador: crianças mais participativas, felizes, gratas e saudáveis. Como conseqüência (colheita) serão adultos mais dóceis, afetivos, amáveis, porque seus pais estimularam e foram cúmplices das suas crianças interiores.

Segundo a jornalista Maeve Vida (editora Omnisciência), a maior doença das nossas crianças é a solidão. A cura dessa epidemia causada pela falta de amor verdadeiro?

Estar mais presente na vida das nossas crianças, saber escutá-las, saber conversar “olho no olho” (conversa de almas), saber se colocar no lugar delas (empatia), saber ser cúmplice sem passar pela manipulação ou generosidade passional, envolvê-las com carinho e afeto, ampará-las e acompanhá-las (compreendê-las) nos seus momentos de dificuldades e desafios inevitáveis do crescer.

Tudo isso é educar, seja você um pai, mãe, tios, avós, professores ou qualquer ser humano diante da oportunidade de Estar com uma criança. Tudo isso são as verdadeiras formas de colaborar muito para uma vida melhor: daquela criança e seu planeta.

O exercício do convívio estimula o companheirismo, o respeito, o aconchego, a troca: a gratidão e compaixão.

Pessoas felizes são plenas, portanto capazes de ultrapassar seus limites, são capazes de se unir e vibrar no amor. Então, o resultado da somatória de 1 + 1 será muito maior que 3. É quando o amor reina absoluto e tem a força de se propagar em super ondas. Há a sensação do todo formado por milhares de corações pulsando, harmônicos, ritmados, prontos para viver de bem com a vida. Neste momento, distante da solidão, existe a fé e a esperança.

A sensação de fazer parte de um todo nos torna mais solidários e amorosos. Se todos se atentarem a isso e colocarem em prática, haverá mais harmonia entre os povos e, independente das intempéries climáticas e de toda a solidão que assola nossas crianças de hoje, estaremos unidos para mais uma vez reerguermos cidades e a dignidade.

Então o nosso mantra é "Curo toda a solidão com a solidariedade". Por todas as crianças que me cercam e as que posso irradiar com a plenitude e luz do meu Amor!

Esse texto faz parte da Revista Especial Kids de Fevereiro 2010.

Leia também: A criança sensível em uma sociedade hiperativa

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* Mônica de Oliveira Costa é nutricionista formada pela FSP/USP, docente na Escola Técnica de Nutrição Carlos de Campos/SP, acupunturista, estudante de Florais de Bach e atualmente se considera uma pessoa encantada com os benefícios da alimentação crua viva.

Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações, citada a autoria e a fonte: www.docelimao.com.br


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