Conceição Trucom
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Trata-se de um artigo claro, objetivo e, pautado por 82 referências científicas, que podem ser melhor acessadas diretamente no site da VP, por profissionais da saúde que se cadastrem no mesmo. Antes de dar sequência ao texto, manifesto aqui minha alegria e sintonia com a VP por brilhante trabalho de pesquisa. Conceição Trucom
É comum a discussão de que nenhum mamífero consome leite (e muito menos de outra espécie) após a amamentação. Porém, mais que este argumento, é fundamental entender o processo de evolução da espécie e as reações fisiológicas que o leite desencadeia para chegarmos a uma conclusão sensata se este é um alimento inofensivo ou pode realmente trazer malefícios (1, 2).
O consumo de lacticínios se tornou possível somente após a domesticação dos animais [6100 a 5500 anos atrás (3), sendo que o leite é, portanto, um alimento relativamente recente na alimentação do ser humano (cujo genoma não sofreu alterações significativas nos últimos 11.000 anos (1,2,4-20)], o que explica o porquê de cerca de 75% da população adulta mundial apresentar hipolactasia após o desmame (1, 21) [o que pode resultar em intolerância à lactose, que se caracteriza por diversos sintomas de ordem gastrointestinal (22) – como flatulência, cãibras intestinais, dor e inchaço abdominais, náuseas, vômitos e diarreia].
Além disso, há a questão de o leite ser um alimento potencialmente alergênico. Já foram identificadas mais de 25 frações proteicas alergênicas no leite de vaca, dentre elas, as mais alergênicas são: soro-albumina, gama-globulina, alfa-lactoalbumina, beta-lactoglobulina e caseína (23).
A alergia alimentar clássica é mediada pelo IgE, com prevalência de 6 a 8% na infância (24). Entretanto, a maior porcentagem de alergia alimentar ao leite de vaca é mediada pelo IgG, podendo desencadear sintomas de 2 horas a 3 dias após o contato com os alérgenos (reação tardia), sendo portanto, de difícil diagnóstico (25).
Diversos estudos comprovaram a relação de alergia tardia (25, 26) principalmente ao leite de vaca com otite (27), dermatite, rinite (28), sinusite, bronquite asmática (29), amigdalite, obesidade (30), aumento da resistência à insulina, aumento na formação de muco, gastrite, enterocolite, esofagite, refluxo, obstipação intestinal (31), enurese, enxaqueca (32), fadigas inexplicáveis, artrite reumatoide (33), falta de concentração, hiperatividade (ADHD)(34), dislexia, ansiedade e até mesmo depressão (25).
Entretanto, as proteínas do leite também podem induzir sintomas associados à doença celíaca (doença autoimune caracterizada pela intolerância ao glúten) em alguns pacientes que têm esta intolerância (35).
Outros estudos já relacionaram também o consumo de leite de vaca com diversas alterações metabólicas como hiperinsulinemia e resistência à insulina (36,39) que é alteração metabólica encontrada como base de diversas patologias como diabetes tipo 2, hipertensão, dislipidemia, obesidade abdominal, estado pró-trombótico e síndrome do ovário policístico (40). Veja a comparação entre índice glicêmico e resposta insulinêmica de leite e derivados e o pão branco (Figura 1, 41).
Estudo de revisão realizado por Melnik (2008)(42) propõe que o consumo da proteína do leite induz hiperinsulinemia pós-prandial, alterando a relação hormônio de crescimento/fator de crescimento semelhante à insulina (IGF-1), com aumento constante dos níveis sanguíneos de IGF-1, que por sua vez está envolvido com a regulação do crescimento fetal, maturação das células-T no timo, crescimento, aparecimento de acne, aterosclerose, diabetes, obesidade, câncer e doenças neurodegenerativas. Ou seja, o consumo de laticínios poderia afetar a saúde humana nas diferentes fases da vida, promovendo o desenvolvimento de doenças crônicas.
Além deste fator, outra dificuldade encontrada são as embalagens dos leites. Em um estudo, foi observado que há migração de bisfenol A em latas de fórmulas infantis para o alimento, mesmo em temperatura ambiente, sendo que esta contaminação ocorre dentro do prazo de validade destes produtos (43), o que a longo prazo pode causar uma toxicidade que pode levar ao aparecimento de alterações metabólicas como: puberdade precoce, infertilidade, esteatose hepática, resistência à insulina, diabetes, obesidade (44).
Outros estudos também encontraram relação com câncer, principalmente de ovários (45-47), testículos (48) e próstata (49-50), doença de Parkinson (51-53), doenças cardiovasculares (54-56), artrite reumatoide (57), diabetes tipo 1 (58-73), esclerose múltipla (74-78) e, inclusive, osteoporose (79-81), apesar de estudos de curto prazo referirem beneficio neste caso (82).
Portanto, o consumo do leite de vaca é algo que deve ser avaliado individualmente, considerando também os efeitos metabólicos desencadeados e não apenas a qualidade nutricional do mesmo, inclusive porque existem outras boas fontes de proteína e cálcio na alimentação humana.
Leia também: A cura do Diabetes pela alimentação viva – Dr. Gabriel Cousens – Alaúde (2011) e sua resenha.
E não deixe de ler este interessantíssimo artigo: Tomar leite é saudável? Parte 3
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