Caminhar é mais do que saudável

Héctor Soto

Toda semana, se não todos os dias, aparecem novas formas para se manter saudável. Novas vitaminas, terapias de rejuvenescimento, alimentos funcionais para a preservação do corpo, cérebro, pele e tudo o que pode ser imaginado. Mas no fim, quantas verdades existem nestes produtos?

Talvez algumas, talvez muitas, ou bem nenhuma. E aparentemente, como sempre, as coisas naturais são as melhores. Coisas naturais e simples como caminhar.

Estudos científicos que utilizaram mapeamento (scanners) do cérebro de pessoas adultas que caminhavam entre 9 a 10 Km/semana mostraram mais tecido cerebral em áreas-chaves. Na Universidade de Pittsburgh, foram estudadas 299 pessoas que tinham partes danificadas (menor área) do cérebro, que estão ligadas a problemas da memória.

Os voluntários, que  tinham em média 78 anos, foram estudados para verificar a existência de qualquer problema ou sintoma cognitivo relacionados com a demência.

A equipe de Pittsburg teve também acesso a scanners cerebrais realizados 4 anos antes, como forma de comparar a quantidade de massa cinzenta (e alterações) entre o primeiro e o segundo scanner.

A massa cinzenta é encontrada em várias partes do cérebro e tem sido demonstrado que ao longo do tempo ela diminui, provocando problemas relacionados com a memória, agilidade mental e mesmo avanços da demência.

Cada uma das pessoas que participaram do estudo foram entrevistadas para saber quantos quarteirões caminhavam em forma habitual. Os resultados revelaram que aqueles que caminhavam mais de 70 quarteirões/semana apresentaram maior massa de matéria cinzenta.

Aqueles que caminhavam mais, tinham menos da metade dos problemas cerebrais do que aqueles que caminhavam menos.

O Dr. Kirk Erickson, diretor do estudo, disse que “se o exercício regular na meia-idade pode melhorar a qualidade da saúde do cérebro e até mesmo melhorar o pensamento e a memória na vida adulta, então o exercício torna-se uma questão de saúde pública“.

A Dr. Susanne Sorensen, especialista em estudos da doença de Alzheimer disse por sua vez que o estudo também mostrou que um coração saudável é sinônimo de uma mente saudável.

Então, a melhor forma de reduzir o risco de doenças do cérebro, principalmente na idade adulta, é o exercício, e nem mesmo um exercício muito complicado. Andar é fácil, barato e pode ser extremamente agradável, especialmente nesta época do ano.

Leia também:Como ligar, ativar e turbinar o cérebro I – Hidratar

Água e Envelhecimento

Artigo original em espanhol – – Tradução Fernando Trucco

Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações, citada a autoria e a fonte www.docelimao.com.br

11 de outubro de 2019

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