Efeitos do leite no câncer de mama

Jane Plant
Tradução, adaptação e comentários – Luis Guerreiro*

Uma história real da professora Jane Plant, geoquímica e chefe científica do British Geological Survey — uma prestigiada instituição pública britânica que se dedica a investigações Geológicas — pode constituir um significativo exemplo para muitas mulheres, já que ela sobreviveu a 5 tumores mamários e às práticas médicas convencionais para tratar seu câncer.

E o fez, segundo ela mesma afirma, de uma forma muito simples, eliminando todos os lácteos de sua dieta. A sua história é parecida à de muitas outras mulheres. Sentiu o mesmo pânico quando lhe diagnosticaram câncer de mama e confiada no bem saber e fazer dos oncólogos submeteu-se a uma mastectomia e à irradiação dos ovários porque lhe disseram que assim provocava-se a menopausa, suprimia-se a produção de estrogênio e se poderia curar o câncer.

Mas tudo resultou falso. De fato o câncer voltou por 4 vezes.

Sofri a amputação de uma mama, submeteram-me a radioterapia e a uma quimioterapia muito dolorosa. Vieram os mais eminentes especialistas do meu país, mas no meu íntimo estava certa que estava enfrentando a morte. E estive quase a ponto de “atirar a toalha”, conta a professora Plant no seu livro “Your life in your hands” (A Tua Vida Nas Tuas Mãos) onde relata a sua  experiência e explica como chegou à ideia que acabou por salvar a sua vida: Teve origem numa viajem de meu marido à China — conta em sua obra — quando comecei a perceber que a minha enfermidade era virtualmente inexistente em tal país.

De fato só uma em cada 10.000 mulheres morre de câncer de mama na China, enquanto que só no Reino Unido os números oficiais falam de uma em cada 12.

Então o meu marido — que também é cientista — e eu mesma, começamos a investigar sobre a forma de vida e alimentação dos orientais até que chegamos à ideia que me salvou a vida: as mulheres chinesas não tinham câncer de mama, nem os homens desenvolviam tumores prostáticos, porque são incapazes de tolerar o leite e, portanto, não o tomam.

E mais, sabemos que os chineses são incapazes de compreender a preocupação ocidental por tomar leite de vaca.

Eles nunca o utilizam e muito menos para amamentar os seus bebes! E se paras para pensar, não pode ser uma simples casualidade que, mais de 70% da população mundial tenha sido incapaz de digerir a lactose. Hoje creio que a natureza tenta avisar-nos a tempo, de que estamos comendo um alimento errado.

Quando Jane Plant escreveu tudo isto, estava a fazer quimioterapia no seu quinto tumor mamário. Foi então quando decidiu suprimir por completo a ingestão de lácteos, incluindo todos aqueles alimentos que contêm algo de leite: sopas cremosas, biscoitos, pastéis, manteiga, etc.

E que sucedeu? — Em poucos dias – refere em seu livro — o tumor começou a encolher.

Duas semanas depois da minha 2ª sessão de quimioterapia e uma semana depois de haver suprimido o leite e seus derivados, o tumor começou a picar-me. Logo abrandou e começou a minguar. Umas seis semanas depois havia desaparecido.

De fato meu oncologista, do Charing Cross — Hospital de Londres, não pôde reprimir um exclamar maravilhado: “Não o encontro!” quando examinou a zona onde havia estado o tumor. Pelo visto, não esperava que alguém com um câncer tão avançado — pois já havia invadido o meu sistema linfático — pudesse sobreviver.

Felizmente, aquele oncologista conseguiu superar seu ceticismo inicial
e na atualidade, recomenda uma dieta sem lácteos aos seus pacientes.

Convencida de que deixar de tomar lácteos era o que lhe havia salvado a vida, Jane Plant decidiu partilhar os seus conhecimentos e sua experiência no livro antes mencionado.

E de imediato, mais de 60 mulheres afligidas de câncer de mama se puseram em contato com ela para pedir-lhe conselho.

E seus tumores também desapareceram. Ainda que não tenha sido fácil aceitar que uma substância tão “natural” como o leite pudesse ter tais repercussões para a saúde, explica Plant:

Agora não tenho dúvida de que a relação entre os produtos lácteos e o
câncer de mama é similar à que existe entre o tabaco e o câncer de pulmão.

Mas não só isso porque, por exemplo, já em 1989 o Dr. Daniel Cramer da Universidade de Harvard, determinou que estes produtos estão implicados na aparição do câncer dos ovários. E os dados sobre o câncer da próstata conduzem a conclusões similares.

A própria Organização Mundial de Saúde (OMS), afirma que o número de homens que padecem deste câncer na China, é de 0,5 por cada 10.000 enquanto que no Reino Unido o número é 70 vezes maior.

A chave está pois, sem dúvida, no consumo de lácteos. Para a professora Plant, o leite de vaca é um grande alimento… mas só para os bezerros! E afirma, convencida, que a natureza não o destinou para ser consumido por nenhuma outra espécie! De fato estou convencida — conclui — de que salvei a minha vida por deixar de consumir leite de vaca.

Só desejo que a minha experiência possa servir a mais mulheres e homens que, sem o saberem, podem estar, ou virem a estar, enfermos por causa dos lácteos que consomem.

Em seu livro, para além de detalhes da sua própria experiência e dados interessantes sobre suas investigações acerca dos efeitos do leite de vaca sobre nossa saúde, reconhecem-se uma série de recomendações nutricionais que se resumem em alimentar-se basicamente de leite de soja, chá de ervas, sementes de sésamo (gergelim), tofu (queijo de soja orgânica), nozes, muita fruta e verduras frescas.

Comentários Luis Guerreiro *

As comunidades orientais tem tradicionalmente um nível muito baixo de cancro (câncer) de próstata e de mama. Quando mudam para o ocidente e passam a ter uma dieta ocidental, essas taxas mudam e passam a ter níveis idênticos aos das comunidades ocidentais.

À medida que os povos orientais adotam um estilo de vida ocidental (principalmente nas grandes cidades), com o aumento do consumo de produtos dos países «desenvolvidos» começam a ter taxas significativamente maiores de câncer de mama e próstata do que nas zonas rurais onde seus hábitos alimentares são mais tradicionais.

O Leite e a carne de cadáveres de animais leiteiros contém hormônios de crescimento significativo, como por exemplo IGF-1, e hormônios como a prolactina. O IGF-1 e a prolactina promovem crescimento de células cancerigenas que levam ao cancro de mama e de próstata em culturas de laboratório. O tecido mamário possui receptores de IGF-1, IGF-11 e prolactina.

A caseína, a principal proteína do leite, protege o hormônio de crescimento no leite de decompor-se durante a digestão. O leite é a principal via pela qual substâncias cancerígenas e de desregulação endócrina por exemplo, produtos químicos e dioxinas, entram no corpo.

Novas evidencias da ICRF Unidade de Epidemiologia da Universidade de Oxford: IGF-1 (fator de aumento de insulina) é 9% maior em onívoros e vegetarianos que consomem lacticínios do que veganos (de acordo com Chan, 8% de diferença aumenta o risco de câncer de próstata 7 vezes). 

Leia também: Leite é saudável? Parte 1 

Em inglês: Pacientes que consomem laticínios reduzem pela metade sua sobrevida

(*) Comentários, adaptação e tradução de Luis Guerreiro 

Fontes: http://www.canceractive.com/page.php?n=319 – Site da Jane Plant 

Routes of Human Exposure to Oestrogens That Have Changed in the Past Half-Century Royal Society EDCs Report – June 2000 

Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações, citada a autoria e a fonte https://www.docelimao.com.br /site 

2 de outubro de 2019

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