Adaptado por Conceição Trucom
Uma PANC das mais famosas, super presente em todos os cantos e sargetas do Brasil. Olha só o que ela vem fazendo nos campos onde a Monsanto tentou manipular a natureza.
Parabéns AMARANTO bravo, guerreiro…
Erva sagrada para os incas e os astecas, considerado agora como uma planta “diabólica” para a agricultura genética, pertence aos alimentos mais antigos do mundo. Cada planta produz uma média de 12 mil grãos por ano e é mais rica em proteína do que a Soja, contendo também as Vitaminas A e C e sais minerais. Fonte de carboidrato, possui cerca de 15% de proteínas, contendo todos os aminoácidos essenciais ao organismo. Também possui fibras, cálcio, fósforo e selênio, que confere ação antioxidante, e não contém glúten.
Há mais de 20 anos já se escrevia que o Amaranto podia ser a fonte de alimento do mundo. Existem mais de 70 espécies, das quais cerca de 40 são nativas das Américas, e pelo menos 17 espécies possuem folhas comestíveis.
Amaranto x Monsanto nos EUA
Nos EUA, os agricultores tiveram de abandonar cinco mil hectares de soja transgênica e outros cinqüenta mil estão seriamente ameaçados.
O fenômeno da invasão do amaranto em cultivos de mais de vinte estados ao largo dos Estados Unidos não é novo, mas merece ser resgatado, acaso celebrando a pericia e talvez até a inteligência desta planta guerreira que se opôs à gigante das sementes transgênicas. Desde 2004 um agricultor em Atlanta percebeu que brotes de amaranto resistiam ao poderoso herbicida Roundup baseado no glifosato e devorando campos de soja transgênica. O site da Monsanto, que se refere a esta planta como uma praga, recomenda aos agricultores misturar o glifosato com herbicidas como o 2,4-D que foi proibido na Escandinávia por estar correlacionado com o câncer.
Um grupo de cientistas britânicos do Centro para a Ecologia e a Hidrologia, registrou que havia sido produzida uma transferência de genes entre a planta modificada geneticamente e algumas ervas “indesejáveis” como o amaranto, fato que contradiz afirmações dos defensores dos transgênicos que afirmam que isso é impossível de acontecer.
O Amaranto se reproduz em qualquer clima, não lhe afetam doenças nem insetos, fato pelo qual dispensa o uso de produtos químicos.
Mas, de acordo com o geneticista britânico Brian Johnson, “basta uma junção feita a partir de vários milhões de possibilidades. Uma vez criada, a nova planta possui uma enorme vantagem seletiva e multiplica-se rapidamente. O poderoso herbicida usado nesta situação, o Roundup, o Glifosato e a Amônia, têm exercido uma pressão enorme sobre as plantas, o que aumentou ainda mais a velocidade de adaptação”.
Então, aparentemente, um gene de resistência a herbicidas deu origem a uma planta híbrida resultante de um hiato entre o grão que supostamente deveria proteger e o humilde Amaranto, que se torna assim impossível de eliminar.
A solução é arrancar as ervas daninhas à mão, como antigamente.
No entanto, tal afigura-se como impossível, dado o enorme tamanho das colheitas. Além disso, ao estar profundamente enraizadas, estas ervas são muito difíceis de arrancar pelo que, as terras foram simplesmente abandonas.
É maravilhoso saber que o Amaranto (Kiwicha) devolvido pela natureza à Monsanto, não só neutraliza este predador, como também instala nos seus domínios uma planta que poderia livrar o mundo da fome.
O único objetivo da manipulação genética dos alimentos é registrar Patentes.
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