Conceição Trucom
O BARU é a semente da Dipteryx alata, uma árvore de copa grande e densa, que chega a ter 25 metros de altura. É típica do BIOMA DO CERRADO brasileiro, e também da região Centro-Oeste de Minas Gerais e da Floresta Estacional Semidecidual.
Sua produção é pequena, sendo feita principalmente por produtores extrativistas da Chapada dos Veadeiros, que colhem os frutos que caem espontaneamente no chão. Os frutos possuem uma casca rígida, que parece uma concha, e que precisa ser quebrada uma a uma.
O seu nome tem origem indígena (“cumbaru”), que significa “alimento que alegra”. Não é para menos: sua riqueza em proteínas e lipídios conferem à semente um sabor delicioso e um enorme valor culinário. O baru chega a ter quase 30% mais proteínas que a castanha-do-pará e do caju. As sementes podem ser torradas e salgadas, podem ser moídas e transformadas em farinha, usadas para fazer bolos, pastas e doces.
O BARU tem um gosto que lembra o do amendoim, portanto também chamado de amendoim do cerrado. É rico em ômega 6 e 9, ferro, zinco, fósforo, cálcio e magnésio. Sua semente possui uma casquinha marrom, que pode ser consumida, que é doce como uma alfarroba e é rica em antioxidantes.
Por todas as suas qualidades, o BARU é considerado a jóia do Cerrado. Embora sua produção seja pequena, seu consumo tem aumentado nos últimos anos, provocando uma verdadeira corrida de produtores extrativistas que saem em busca do BARU pelo Cerrado. Consumir essa semente, além de fazer bem para a saúde, ajuda a apoiar os pequenos produtores, quilombolas e indígenas que vivem da sua coleta.
Receita
Fontes:
https://biopora.com/radar/baru-jatoba/
https://biopora.com/radar/torrando-castanha-de-baru/
Livro: Kinupp, Valdely e Lorenzi, Harri. Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil. Editora Instituto Plantarum.
0 respostas em "Baru, a joia do Cerrado"