O que representam os pulmões?

Conceição Trucom

Cristaliza o medo de ser digno de viver plenamente

A respiração é a fonte de energia vital que nos mantém vivos. Sem oxigênio por mais de três minutos acaba a vida.

Ela é também a principal fonte de nutrição – sustentação – do corpo emocional. Ou seja, através da respiração plena, podemos conquistar um estado de serenidade e relaxamento emocional, de equilíbrio energético.

Entretanto, a familiaridade e a falta de consciência geram a indiferença. Acostumamo-nos com o ar, que é tão essencial; mas, por ser invisível e gratuito, não damos o devido valor e importância. Oxigênio é tão ou mais alimento que a comida e água que ingerimos.

Para inspirar e expirar aproximadamente 22.000 vezes por dia; são necessários dois pulmões, 24 costelas, os músculos entre as costelas, os do pescoço, os peitorais, os abdominais, o diafragma e ainda veias, artérias e tecidos saudáveis em volta de toda essa estrutura. Isso tudo se movimenta constantemente, sem que você perceba.

Metafisicamente, existe uma relação com a capacidade de absorver a vida e doar-se. Esta relação se refere ao processo de troca, ao ato de dar e receber.

Respirar inadequadamente revela tristeza, depressão ou sofrimento; um medo da vida e de colocar oxigênio (combustível) para viver. Subliminarmente é algo como não se sentir digno de viver plenamente a vida, de trocar, de fluir com a vida. Uma pneumonia, por exemplo, pode revelar um cansaço e desespero da vida, com ferimentos emocionais que não recebem permissão para sarar.

Os pulmões funcionam a partir de duplicidade e parceria, motivo pelo qual seu pleno funcionamento depende da sanidade das nossas relações e trocas afetivas.

Eles são considerados os grandes órgãos de contato, porque possuem uma superfície interna que mede cerca de 70 metros quadrados. Diferente da pele, o contato nos pulmões é indireto e sutil, porém compulsório, através da respiração. Na pele podemos, mas nos pulmões não podemos impedir este contato. A tentativa de impedi-lo causa falta de ar ou espasmos, como acontece nos casos alérgicos.

Fisicamente, dificultam o pleno funcionamento dos pulmões: alimentos muito industrializados, poluição atmosférica, fumaças de cigarro e outras, ambientes fortemente aromatizados ou com baixo nível de higiene, e ambientes sem ventilação natural ou com ventilação artificial.

Além disso, a falta de atividade física, que é um estímulo natural da respiração e tonicidade de todo o sistema respiratório, irá reduzir o número de mitocôndrias em todas as células do organismo; diminuindo, portanto, a energia vital e a vitalidade da pessoa como um todo.

No emocional, entramos em um “círculo vicioso”, pois os bloqueios emocionais diminuem a amplitude e o ritmo respiratório, provocando uma subnutrição energética, que irá perpetuar, ampliar e multiplicar os bloqueios emocionais.

Como podemos ser cúmplices de uma transformação? Mudando muitos hábitos; desde os alimentares até a maior mobilização corporal. Prudente também evitar ao máximo expor-se aos ambientes demasiadamente poluídos (físico, emocional, mental e espiritual).

Muitas das substâncias nocivas que se encontram temporariamente dentro do corpo humano necessitam ser eliminadas pelas mucosas respiratórias com o ar que expiramos. Entretanto, nós da sociedade “moderna” e acelerada, inspiramos somente 30% do que deveríamos e, pior ainda, expiramos menos do que inspiramos; ou seja, não colocamos para fora dos pulmões o tanto de gás carbônico (CO2) e outras toxinas gasosas que deveríamos.

O CO2 não expirado acaba por se dissolver no sangue e transforma-se em ácido carbônico, mantendo o sangue, o fluido que irriga todas as nossas células vivas, num padrão ácido que intoxica, excita e dificulta a sanidade e harmonia metabólica e mental.

Cuidados de bom senso

    • Praticar uma dieta rica (50% mínimo) em alimentos crus, frescos, integrais, com elevado teor de fibras e substâncias antioxidantes, logicamente isentos de agrotóxicos;
    • Fazer uso diário dos sucos da “alimentação desintoxicante”, e consumir diariamente cerca de 2 litros de líquidos entre sucos, chá e água;
    • Praticar exercícios de reeducação respiratória e atividade física;
    • Fazer uso de sinergias da aromaterapia nos locais de maior permanência;
    • Praticar um banho de ofurô ou sauna 1 vez por mês.

Texto extraído do livro Alimentação Desintoxicante – como ativar o sistema imunológico – Conceição Trucom – Editora Alaúde. Recomenda-se a sua leitura na íntegra, o que possibilitará a prática desta filosofia de vida com consciência e responsabilidade.

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