A Ciência do Início da Vida

Eleanor Luzes *
Para uma humanidade hígida, fraterna, produtiva, justa, dinâmica e amorosa.

A Ciência do Início da Vida é uma nova Disciplina, um padrão incomum aos padrões acadêmicos, não só por sua extensão, mas também pela abrangência de área pesquisada com mais de 2.000 referências bibliográficas, reúne conhecimentos de uma ciência atualíssima resultado de mais de 20 anos de trabalhos de pesquisa também da arte e das tradições no que elas têm de comum quando falam de Concepção Consciente, Gestação Consciente, Parto Natural, e os três primeiros anos de vida.
A informação deste trabalho para as comunidades é absolutamente transformadora. É mais que um projeto de como ser pais e mães com segurança. Trata-se de saber como poder ter um filho com uma saúde plena física, mental e espiritual. Um ser com grande amor próprio, um ser que vem na paz, pela paz e para a paz. Isto é a garantia de uma humanidade auto-sustentável.
Gestação Consciente: O primeiro trimestre de gravidez é fundamental para a formação do corpo. Hoje, sabe-se que o código genético que se estruturou na concepção pode ser alterado para melhor ou pior durante este período. Uma boa saúde depende essencialmente, da imaginação da mãe, sua vida interior, seu olhar sobre a vida e sua alimentação. Vasta literatura demonstra que estes fatores, se bem atendidos, podem fazer com que mais tarde, o filho não venha sofrer de doenças como: acidente vascular cerebral, infarto coronariano, hipercolesterolemia, obesidade, diabetes, esquizofrenia, epilepsia. A fome imposta nas mulheres grávidas determina um alto preço pago pela geração futura. A baixa dietética é determinante no primeiro, no segundo e no terceiro trimestre da gravidez, pois quanto mais cedo os indivíduos forem submetidos à dieta, mais greves os danos. Os bebês desrespeitados durante a fase do desenvolvimento intra-uterino ficam marcados, ao longo da vida, por uma dificuldade de socialização, e tendência a certos cânceres, além das patologias já mencionadas.

O Parto: O parto constitui um verdadeiro ritual de passagem onde são “plasmadas”certas qualidades no âmago de uma pessoa; novos atributos ficam “impressos” no seu inconsciente. O nascimento é a primeira grande transição, imprime profundamente no inconsciente do recém-nascido, noções que ficam arraigadas para o resto da vida. Uma grande consequência do advento do parto hospitalar com anestesia foi o surgimento de uma população de drogados. Drogas existem desde a mais remota antiguidade, e as sintetizadas desde o século XIX.  Mas a partir dos anos 60 houve um considerável aumento de viciados em drogas, justamente na primeira geração da história da humanidade a nascer sob sedação. Informes de diversos países mapeiam correlações entre o surgimento do parto hospitalar altamente tecnológico e suas sérias consequências como o aparecimento do autismo, bulimia, anorexia, tendência a cometer delitos e dificuldades de socialização. Paga-se um preço alto ao esquecer de honrar a natureza mamífera de cada parturiente.
Homo sapiens Frater” – Todas as pessoas deveriam ter acesso a este conteúdo!

O Aleitamento materno: Depois de eficazes campanhas de orientação empreendidas pelo governo brasileiro foi possível reverter parcialmente um quadro de supressão deste direito humano no país. De 1950 a 1980, o Brasil, como em muitos outros países, trocou o leite materno pelo leite artificial. O resultado foi um aumento exponencial de alergias, problemas emocionais e intelectuais. Ser amamentado, além de aumentar a imunidade e inteligência, fortalece o sentido de fraternidade. A noção vigente de que competir é melhor que cooperar é uma distorção da fisiologia e talvez esta seja a mais grave sequela da falta da amamentação. Se o organismo de um ser humano funciona normalmente é porque em suas entranhas as células sabem trabalhar em estreita colaboração. A competição gera falta de ética, falta de boas condições ecológicas, predatorismo desenfreado, e seres que não sabem amar a si mesmo, ao próximo nem muito menos ao meio ambiente. O Brasil é, hoje, referência mundial no resgate à amamentação. Infelizmente, a licença-amamentação por seis meses ainda é facultativa para os empregadores muito embora este seja o prazo mínimo necessário apontado por importantes pesquisas.
Os três primeiros anos de Vida: Período que corresponde às fundações da saúde mental e a estruturação do Ego (centro da vontade da determinação e da auto-disciplina). Se um leão, fadado a liderar, precisa de mãe por dois anos,  o ser humano, o mais complexo dos mamíferos, precisa de três anos de cuidados maternos e familiares para se constituir de maneira íntegra. Países como Alemanha e Suécia, entre outros, estão começando a rever suas políticas de licença maternidade, aumentando-a para mais de dois anos, isto porque já estiveram contabilizando os prejuízos para a nação de uma geração de jovens, que não sabem o que querem, que não conseguem se estruturar para deixar o lar paterno e começar a fazer o seu próprio ninho, que se colocam na vida como filhotes eternos, que assumem um fraco compromisso com o trabalho. Hoje a geração que se comporta assim é chamada “creche cedo demais”- tem sido objeto de estudos por sociólogos de vários países. Muitos destes estudos vem da Europa, particularmente da Inglaterra, demonstrando como se comporta uma geração inteira que não se tem o ego bem estruturado. Tais constatações têm forçado os países a reverem suas políticas de nascimento devido ao triste preço que estão pagando. Nos últimos cinco anos, o Brasil viu seu número de aposentados por invalidez aumentar três vezes, principalmente entre homens jovens e seis vezes considerando-se somente os servidores civis federais. Este dado aponta para um padrão de comportamento geracional em que os jovens conseguem burlar o sistema para receber uma aposentadoria e desfrutar de uma vida isenta de “preocupações”, dispensados de assumir maiores responsabilidades.
(*) Eleanor Madruga Luzes é médica, psiquiatra, analista Junguiana há 33 anos, trabalhou durante três anos em obstetrícia, foi professora primária. Pós graduação em Tansdiciplinaridade pela UNIPAZ. Tem mestrado em Psicologia, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e é doutora pelo Instituto de Psicologia da mesma universidade, com a tese de doutorado sobre a “Necessidade do Ensino da Ciência do Início da Vida” nas escolas do segundo e terceiro graus.

É membro da Association for Prenatal and Perinatal Psychology and Health (APPPAH), organização que existe há 27 anos, e da Rede Nacional do Parto Humanizado (Rehuna), organização ativa desde 1993. Faz parte dos docentes da  UNIPAZ. Membro colaboradora do LISE (Laboratório do Imaginário Social e Educação) do Instituto de Educação do Instituto de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ministra cursos em módulos sobre sua tese para a formação de multiplicadores que atuem junto a comunidades de jovens em âmbito nacional e internacional. Sócia emérita da ANEP Brasil. Participou do TED no Rio +20.

Para acessar mais informações e a Tese completa disponível no site:  ANEP Brasil (Associação Nacional para Educação Pré-natal.)
Material enviado por nossa Colaboradora Fábia Neves – Bonecas Waldorf
3 de outubro de 2019

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