Conceição Trucom
Oh Deus, como teria sido bom se tivesse estudado numa escola Waldorf. Como tudo seria tão mais simples e fácil. Quanto tempo e energia poderiam ser melhor direcionados.
Isso há 5 décadas quando ainda brincávamos no quintal e de pique na rua. Imagine agora…
Meu sonho? Que todas as crianças pudessem ter esta oportunidade…
Fonte: www.waldorfflautamagica.org.br *
“Mas os poços da fantasia acabam sempre por secar e o contador de histórias,
cansado, tentou escapar como podia…” Lewis Carroll
As crianças pobres em fantasia são aquelas que têm dificuldade de chamar imagens e ideias à mente. Ao passo que as ricas em fantasia são crianças que têm o problema de se fixar em algo, uma vez que entrou em sua consciência.
A criança rica em fantasia deve ser entendida aqui no sentido mais amplo como o de se fixar no conteúdo do pensamento e da consciência, também como na lembrança e na memória.
A autoconsciência depende em grande medida, das experiências e memórias, e se essas podem ser conscientemente tratadas.
A saúde emocional da criança depende de conseguirmos criar as bases para uma experiência saudável do eu e da autoconsciência. Esta é a tarefa para o tratamento destes dois tipos de crianças.
A criança rica em fantasia não se fixa às ideias e imagens, pois está em uma situação em que mais forças de crescimento são liberadas do que as que ela consegue lidar.
Quando o professor diz algo, a criança rica em fantasia fica a pensar nisso até o fim da aula e não está mais aberta a qualquer outra coisa durante a aula. Em vez da integração, temos a manifestação de um isolamento e fixação. Ou a situação oposta, onde o professor diz alguma coisa, e entra por um ouvido e sai pelo outro.
No caso da criança pobre em fantasia, o professor deve concentrar todo o seu amor e atenção em ajudar a criança a aprender e a fazer uso de seus sentidos. Atividades que estimulam os sentidos e trazem vida ao pensamento, assim a criança pobre em fantasia consegue recuperar suas ideias e imagens.
Rudolf Steiner incentiva as crianças a cantarem e tocarem na mesma aula, de modo a alternarem o tocar e o ouvir a música.
As crianças ricas em fantasia devem tocar uma música e as pobres em fantasia devem ouvir, alternando.
A euritmia desempenha um papel especial no tratamento destes dois tipos de crianças.
Em vários estágios da aula são as crianças capazes de compreender as coisas e depois deixá-los ir? Ou elas ficam presas em certas coisas?
Um processo de respiração deve ser introduzido, momentos que se concentram e outros que liberam, de modo que criamos a possibilidade de se abrirem para algo novo, trazendo um novo equilíbrio.
Se movimentar é um remédio para as crianças. Devemos levá-las a realizarem trabalhos aonde elas possam se movimentar. A música e o canto trazem movimento.
Quando se tem medo e insegurança, algumas pessoas começam a cantar, e com isso se sentem livres. Cantar pode ser de grande ajuda para a criança rica em fantasia, pois seu corpo inteiro é permeado com as vibrações da própria atividade, permitindo que as ideias em sua mente fluam sem obstruções.
(*) Também da Biblioteca Virtual de Antroposofia associe-se aqui
Um depoimento autorizado da nossa assinante Pricilla Ueno Meneguetti
Ah! Pedagogia Waldorf…sou encantada…
Também me pergunto como teria sido minha vida caso eu tivesse estudado em um ambiente desse…e estudar temas tão interessantes como por exemplo a antroposofia.
Tive um certo contato com a Waldorf em Aracaju…e lá pude ver o dia a dia deles. Achei muito interessante o rodízio em relação à alimentação, a responsabilidade dos pais levarem o alimento para
todos na classe…
Os critérios na escolha da qualidade desse alimento, sua procedência, a forma como ele foi cultivado
Também acredito que os alimentos precisam estar em harmonia com o ecossistema, e para isso acontecer eles precisam ser orgânicos. E como já dizia Rudolf Steiner…
“Não comemos apenas o que vemos materialmente com nossos olhos, mas
também o espiritual que se esconde atrás dessa matéria”
0 respostas em "A criança rica e a criança pobre em fantasia"