Wagner Borges *
Omraam Mikhaël Aïvanhov (1900-1986) era búlgaro de nascimento, mas adotou, a partir de 1937, a França como seu lar. Era discípulo do mestre búlgaro Peter Deunov (1864-1944), que foi fundador da Fraternidade Branca Universal (1).
Aïvanhov levou para a França os ideais do mestre Deunov e, em 1943, fundou seu primeiro centro espiritual, na cidade de Sévres. A partir daí, começou a proferir palestras, que seus discípulos anotavam e gravavam para depois transcrever.
O resultado desses ensinamentos orais está hoje registrado em centenas de livros, publicados em várias línguas. Seu trabalho teve uma grande expansão de 1976 em diante, época em que a Editora Prosveta começou a divulgar seus livros em vários países.
O que mais chama a atenção no trabalho do mestre Aïvanhov é sua simplicidade na abordagem de temas espirituais, em que eleapresenta os exemplos e correlações mais simples para explicar as complexas questões da alma humana.
Ele era um exímio contador de histórias e dotado de um grandesenso de humor. Por vezes, para dar uma pausa na palestra, ele interrompiao que estava falando e contava algumas anedotas para alegrarseus ouvintes. Todo seu trabalho estava direcionado para o alargamentoda consciência humana em direção ao seu aperfeiçoamento. Em outraspalavras, transformar o homem-animal no homem-espiritual.
Pois bem, esse grande filósofo da simplicidade e pedagogo daalma não morreu, apenas se mandou para fora do corpo denso. Eagora, lá do plano extrafísico, ele continua a mandar mensagens como mesmo objetivo central de seus ensinamentos: o aperfeiçoamentodo homem.
Um bom exemplo é esta história baseada naquilo que o mestre Aïvanhov mais gostava (e ainda gosta): o Sol. Está no livro “Rumo a umaCivilização Solar” (páginas 128-130):
“Para melhor conhecer a filosofia do Sol, tive um dia um encontro com ele. Sim, encontramo-nos em um bar.
Encomendamos uns aperitivos e, depois, eu disse-lhe:
– Caro Sol, há algo que eu queria lhe perguntar, porque não está ainda muito claro no meu coração. O que se passa para que seja tão luminoso?
– É que eu ardo amor, respondeu ele, e o amor faz eclodir a luz.
– Mas, perguntei eu, explica-me como faz para continuar a amar e iluminar os humanos, se você, melhor que ninguém, vê o quanto são perversos?
– Oh, há muito que decidi não me preocupar em saber como são. Preocupo-me apenas comigo, e como me agrada derramar o calor do meu amor, continuo, e sou eu que me deleito. Que os humanos me apreciem ou não, tanto me faz, e aconselho a fazer o mesmo, pois se levar em conta aquilo que os humanos são, nunca conseguirá chegar aos pés deles.
Decidi, então, imitar o Sol e, por esta razão, posso continuar meu trabalho. Pois se acreditar que há muitas pessoas que me apreciam e estão aqui para me ajudar, engana-se. Há muitas a quem eu incomodo e que gostariam bastante de desembaraçar-se de mim. E asseguro que, ao ver quanto alguns são velhacos, maus, interesseiros, ingratos, acho, por vezes, que há razão, realmente, para pegar o meu chapéu e não me preocupar mais com os humanos.
Mas, felizmente, que o Sol lá está e me segreda: ‘Lembre-se da nossa conversa no bar’.
– Ah, sim, digo eu, e continuo: E você, porque não há de também imitar o sol?”
Essa história do Sol tem a sua segunda parte. O mestre Aïvanhov criou-a no plano extrafísico, após ter desencarnado, e contou-a para mim em novembro de 1991. É mais ou menos assim:
“Ele marcou um outro encontro com o Sol, e novamente em um bar. Quando ele lá chegou, o Sol já havia chegado e estava tomando uma bebida gelada, pois ele é muito calorento.
Então, o mestre Aïvanhov perguntou-lhe: “Sol, lembra-se daquela pergunta que fiz há muito tempo atrás, sobre qual era a técnica que você usava para ser luminoso? Pois bem, gostaria que me respondesse a essa questão novamente”.
O Sol, então, respondeu-lhe: “A resposta ainda é a mesma. É que eu ardo de amor e ele faz eclodir a luz. Aliás, caro Aïvanhov, sabe por que meus raios de luz levam oito minutos para chegar até a Terra? É que eu ardo tanto de amor, mas tanto, que acabo gerando muita luz. E se essa luz chegasse até a Terra instantaneamente, os humanos morreriam incinerados, pois não aguentariam um amor tão grande. É por isso que mando meus raios de luz em doses homeopáticas de oito minutos”.
Dito isso, o Sol deu um sorriso e se mandou, pois ainda tinha que espalhar muita luz por aí.”
Comentários do autor: Caro amigo leitor, desculpe-me se esta introdução às mensagens do mestre Aïvanhov está se prolongando em demasia, mas ainda há algo importante a ser dito. É que nesse exato instante em que estou escrevendo este texto, ele está aqui ao meu lado, sorrindo, e me pede que eu lhe diga o seguinte:
“Quando você sentir-se invadido por pensamentos negativos ou por aquele desânimo que lhe pega de vez em quando, chame a luz para defendê-lo. Sente-se num canto tranqüilo, feche os olhos e repita mentalmente, por várias vezes, como se você falasse consigo mesmo, a palavra LUZ. Ao mesmo tempo, visualize em torno de todo seu corpo uma aura luminosa. Ela deve ser branca fluorescente ou dourada, bem brilhante.
Essa aura é um envelope de luz que permeia todo seu corpo.
É viva, vibrante e reflete tudo aquilo que você pensa. Por isso, pense na luz, respire nela, viva nela e afaste as ondas negativas de você. Procure emanar, mentalmente, línguas de fogo que saiam de sua cabeça e de seu peito. Elas purificam a aura e lhe darão mais confiança. Se desejar, pode imaginar, também que sua aura é colorida (as melhores cores para esse exercício são rosa, azul e amarelo). Imagine-se mergulhado em um mar de cor, como se você fosse um belo prisma humano. Seja luminoso em tudo o que fizer na vida.
Lembre-se: “o Sol está olhando-o, e ele quer aumentar sua dose de luz para você”.
Para finalizar, devo deixar escrito, em maiúsculo, como quer o mestre Aïvanhov, o seguinte:
“CARO LEITOR,
ENTRE NA LUZ
E SEJA FELIZ!”
* Wagner Borges é pesquisador, conferencista e instrutor de cursos de Projeciologia e autor dos livros Viagem Espiritual 1, 2 e 3 entre outros. Visite seu Site
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