Caruru ou Bredo – a mais PANC das PANC

Conceição Trucom 

Plantinha danada de resistente e ‘fogosa’, invasora TOTAL, presente em quase todas as regiões do Brasil, o caruru é uma planta silvestre e comestível de grande valor nutritivo.

Conhecido popularmente como bredo, é planta de uso comum na região nordeste e na Bahia é usada para diversas receitas e, inclusive, um dos pratos típicos do estado recebe o nome Caruru. Rico em ferro, potássio, cálcio e vitaminas A, B1, B2 e C, todas as suas partes podem ser consumidas.

Nativa das Américas naturalizada na Europa Meridional a partir do contato com os Maias do México. Apresenta ampla distribuição nas regiões subtropicais e temperadas do mundo. Na Itália, por exemplo, encontrei caruru nas sarjetas de Roma, Nápoles e na região da Toscana… No Brasil, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, apresenta grande vigor de crescimento.

Mas etmologicamente “Caruru” é originário do termo africano kalalu. “Bredo” é originário do termo grego blíton através do termo latino blitu. Em síntese, consta na Wilkipédia: “Teriam sido combinadas as culinárias do Daomé nagô, da Nigéria ioruba e da Bahia. Cita-se o caso do caruru de origem indígena, preparado com bredo, outra planta do gênero Amaranthus e que, levado para a África incorporou o quiabo, planta africana, tendo, então, o caruru retornado modificado, para o Brasil.”

Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Caryophyllales
Família: Amaranthaceae
Gênero: Amaranthus

VIRIDIS


CARURU-AUGUSTO


Na agro-horta Doce Limão o caruru branco (sem espinhos e não tóxico = comestível),
co-habita todos os espaços, mas com as batatas-doces é sua preferência!

Na Wikipédia algumas espécies de Amaranthus incluem:

    • Amaranthus viridis L.: caruru-de-mancha, caruru-pequeno, caruru-de-porco, caruru, bredo, bredo-verdadeiro.
    • Amaranthus hybridus L.: bredo-vermelho, caruru-bravo, caruru-roxo, chorão, crista-de-galo.
    • Amaranthus spinosus L.: bredo, bredo-de-chifre, bredo-de-espinho, caruru-bravo, caruru-de-espinho, caruru.


Caruru de folhas arroxeadas, caule e inflorescências roxas


SPINOSUS

Seu uso culinário e medicinal

Na culinária suas folhas e sementes (amaranto) são comestíveis, principalmente as folhas tenras no preparo de refogados, pesto no preparo de bolinhos verdes. Seus galhos inteiros (folhas, caules e inflorescências) são usados no preparo de sucos verdes, com grandes ganhos terapêuticos: resistência, superação e prosperidade são suas energias de ordem!

Além de suas muitas propriedades nutricionais, o caruru também pode ser usado como uma erva medicinal. Eficaz no tratamento de infecções, problemas hepáticos, catarro da bexiga, afecções do fígado e hidropsia, é ainda um excelente lactígeno, aumentando a produção de leite pelas glândulas mamárias, tornando seu consumo muito benéfico para mulheres grávidas, ou em fase de amamentação. Além disso, a planta é, devido ao elevado teor de cálcio (média de 455 mg/100 gramas da planta fresca), muito útil na formação dos ossos e dentes.

UM ALERTA

Contudo há que ressaltar que as variedades mais vermelhas, roxas e com espinhos são as menos indicadas para consumo humano. Até podem, mas sem exagerar na quantidade e na frequência, porque poderão ser nefro-tóxicas, ou seja, inadequadas ao bom funcionamento dos rins. A primeira forma de se preservar é evitar tais variedades de caruru: as vermelhas e com espinhos.

As variedades ideais são as conhecidas como CARURU-BRANCO
(na verdade todo verde) e SEM espinhos.

CARURU-LUIGI


CARURU-BREDO

A segunda forma, ideal para o consumo de TODOS OS ALIMENTOS DO REINO VEGETAL: consumir integrado (como tempero) com o suco fresco do limão, que além de tornar os minerais de cada planta mais bio-disponíveis para assimilação e mineralização do organismo, será na forma de citratos, que são sais solúveis em água e agentes alcalinizantes do metabolismo, que portanto protegerão o sistema renal evitando formações de cálculos. SANTO & saboroso LIMÃO!

Assista aos vídeos a seguir:

Quando viajo gravo hortas e PANC por todo lugar que passo. No vídeo abaixo passei
pelas hortas do Monastério do Trigueirinho (Figueira/MG) e fiz um reconhecimento com o
dr. Lee, um mateiro que tem uma clínica em Pirenópolis/GO.

Uma correção: a berinjela é da família das solináceas e que TERMINA de AMADURECER fora do pé (e não no pé). Em geral elas são colhidas ainda não maduras para consumo, quando estão absolutamente DURAS e brilhantes. Quando maduras são bem macias e menos brilhantes. O mesmo vale para o giló, que é ideal para consumo quando está amarelo ou laranja… Os papagaios já sabem disso né?

Sobre o caruru assista dos 5’40” até 6’30”.


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2 de outubro de 2019

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