David Wolfe *
Ontário – Canadá – Agosto 2010
Meu contato com o mundo da jardinagem usando pó de rochas moídas me mostrou pela primeira vez a conexão entre saúde, longevidade e minerais. A idéia básica é que a qualidade dos minerais determina a qualidade da consciência de quem vive e se alimenta dos produtos do solo.
Esta idéia alterou o sentido da minha vida. Eu estava ansioso, não só para experimentar novos alimentos que contivessem mais e melhores minerais, mas também impaciente para começar a cultivar alimentos em solos contendo todos os minerais necessários para uma vida saudável.
Isso foi há 20 anos e o meu entusiasmo nunca tem diminuído. Eu estou mais animado com os minerais agora do que nunca antes.
Durante minha carreira tenho escrito extensamente sobre os minerais, tanto referente à experiência de me alimentar com produtos ricos em minerais, bem como de minhas experiências agrícolas. Esta é uma área de pesquisa impressionante.
Estou particularmente orgulhoso do meu trabalho “Longevity NOW Program” (Programa de Longevidade Agora), da análise sobre os minerais que ali foi feita e da relação do consumo de minerais com a longevidade, a flexibilidade e a saúde em geral. Na segunda edição desta obra, adicionei assuntos sobre o poder curativo e nutritivo dos minerais. Mas não podia parar por aí! Devido ao fato de que os minerais são um tema tão importante e fascinante, seguem abaixo ainda mais informações cruciais sobre os minerais.
Eu sei que você vai desfrutar do conteúdo!
Introdução
E acorda no homem “.
– Antigo provérbio hindu –
Os antigos hindus, assim como muitos outros povos do passado, perceberam a profunda importância das substâncias escondidas nas pedras. Estas substâncias mágicas, encontradas em nossas rochas e posteriormente no solo e que logo são absorvidas pelas plantas para finalmente serem conduzidas até nós, são conhecidas como os minerais.
Os minerais são os átomos que compõem a matéria plasmática sólida, líquida e gasosa. Alguns dos elementos mais populares contidos nos minerais, que todos nós temos ouvido falar são: cálcio, magnésio, potássio, sódio, enxofre, ferro, zinco, ouro, prata, cobre, e iodo. Foi o filósofo ateniense, estadista e orador Demóstenes, quem primeiro formulou a teoria atômica baseada na sua observação do desgaste gradual do mármore após centenas de anos. A partir desta observação, ele afirmou que todos os objetos sólidos, estavam compostos de partículas muito pequenas que ele chamou de átomos, e que hoje chamamos de minerais. Esta teoria levou à descoberta de que os minerais que formam a pedra são os mesmos encontrados também em nós, e todos os demais seres vivos.
Embora muitas pessoas sejam conscientes de que o organismo necessita de nutrientes para funcionar harmoniosamente, o grande foco está colocado sobre a necessidade de macronutrientes, como proteínas, gorduras e carboidratos. Poucas pessoas entendem o papel dos micronutrientes, como vitaminas, aminoácidos, polissacarídeos e minerais. Muito menos ainda é a percepção de que 95% de todas as funções do organismo dependem dos minerais. Os minerais orquestram a delicada bioquímica do nosso organismo.
A desmineralização da população humana tem sido cientificamente confirmada ao longo dos últimos 150 anos a qual está intimamente ligada com a saúde precária e as doenças. Desmineralização, neste contexto, significa não apenas a ausência em nosso organismo de importantes sais minerais que contêm elementos tais como cálcio, magnésio, ferro, enxofre e fósforo, e micronutrientes minerais como zinco, selênio, manganês e cobre, mas também o surgimento da toxemia, conseqüência da introdução na agricultura de pesticidas, herbicidas e compostos orgânicos voláteis.
Portanto, é imperativo, no ambiente atual, limitar nossa exposição a materiais tóxicos e reconstruir um organismo adequadamente mineralizado. Quanto maior a quantidade de material tóxico introduzido em nosso organismo, maior é a necessidade de um sistema imunológico saudável para combater estas substâncias que acabam com a vida. Uma mineralização adequada é fundamental para termos um sistema imunológico saudável – desta forma as substâncias minerais podem realmente nos desintoxicar.
Aqueles que começam a praticar uma alimentação natural, baseada em vegetais crus, muitas vezes expressam preocupação sobre a falta de uma boa quantidade de vitaminas, particularmente vitaminas do complexo B, no entanto os minerais são ignorados.
Ao consumir uma dieta baseada em vegetais crus, as vitaminas raramente são um problema. As vitaminas abundam nos vegetais preparados (kombucha, chucrute, kim-chi, etc) e também nos super-alimentos (goji bagas, cacau, maca, spirulina, chlorella, pólen de abelha, babosa, noni etc.), ricos em vitaminas A , B, C, E e K. Muitos super-alimentos, verduras e frutas são excelentes fontes de vitamina C. Quantidades adequadas de vitamina B podem ser encontradas em alimentos preparados, bem como em alimentos como nozes e sementes e em super-alimentos como pólen de abelha, geléia real e espirulina. Mesmo que os vegetais crus que consumimos não sejam de excelente qualidade, pelo menos estamos consumindo uma quantidade razoável de vitaminas. Os minerais, no entanto, são outra história.
Quase oitenta anos atrás, cientistas norteamericanos reconheceram que com a mudança das práticas na agricultura, os solos americanos se tornaram muito empobrecidos de minerais. E, tais solos só podem produzir alimentos empobrecidos de minerais para o ser humano e para os animais.
Na tentativa de remediar esta situação, o Congresso dos EUA foi informado deste problema, no entanto absolutamente nenhuma ação foi tomada. Como resultado da inação e da aplicação de técnicas fáusticas na agricultura que utilizam produtos químicos em forma indiscriminada, nos encontramos há 3 a 4 gerações com uma sobrecarga grave de toxinas e com uma crise alimentar provocada pela deficiência de minerais nos vegetais dos quais nos alimentamos.
Aplicando a lógica do princípio de que você é aquilo que come, o consumo de alimentos empobrecidos de minerais fatalmente produz uma população empobrecida de minerais, o que contribui para uma geração de indivíduos obesos que não conseguem parar de comer porque são incapazes de obter os minerais que fecham o apetite, como o magnésio.
Felizmente, sempre houve grupos de agricultores radicais que entenderam as necessidades do individuo, as necessidades das plantas e, finalmente, as necessidades do nosso planeta Terra. Certos agricultores “bem sintonizados” desde a pré-história têm entendido que a própria Terra tem utilizado todas as técnicas à sua disposição, para esmagar pedras nos solos a fim de criar variabilidade mineral, de modo que todas as plantas possam crescer em forma saudável. Tais processos incluem correntes marinhas, erosão, atividade vulcânica, terremotos, movimentos cataclísmicos da crosta terrestre e fenômenos de glaciação bem como a ação de liquens e musgos sobre as pedras e solos da floresta.
Numerosos estudos (Schuphan, et al.) têm concluído que os produtos cultivados organicamente em solos ricos em carbono e nitrogênio, que contêm quantidades significativas de minerais, sem produtos químicos, e melhor ainda, regados com solução diluída de água do mar (o mar contém todos os minerais) e enriquecidos com pedras moídas, promovem o desenvolvimento de sistemas imunes saudáveis.
Saiba mais lendo: Parte 2 e Parte 3
* David Wolfe, JD – Criador do Programa de Longevidade AGORA, atualmente em sua segunda edição. Autor de ‘Superalimentos – alimentos e medicamentos do futuro’ (Editora Alaúde), Graça Divina, Alimentar-se para Rejuvenescer, Chocolate em bruto, e O Sistema de Sucesso da dieta solar.
Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações, citada a autoria e a fonte www.docelimao.com.br
1 respostas em "Alimentar-se para Rejuvenescer - Parte 1"
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Muito grato pelas informações preciosas. Mineralizar já!!!!