David Wolfe *
Os efeitos de minerais nas Enzimas
Devido à crescente popularidade da nutrição, na última década, com alimentos crus e vivos, muita discussão tem sido gerada sobre o tema das enzimas e do importante desempenho em nosso organismo. As enzimas podem ser consideradas o aspecto mais singular dos alimentos crus vivos. porque são catalisadores que permitem não apenas a digestão adequada dos alimentos em si, mas também o bom funcionamento metabólico de cada uma das nossas células. E, a quantidade de enzimas que temos em nosso metabolismo e reservas se correlacionam diretamente com a nossa vitalidade.
A maior parte das pessoas que se iniciam no crudovorismo logo descobre que as enzimas presentes nos alimentos são destruídas no ato da cocção. A temperatura crítica está na faixa de 49 a 77 graus Celsius. Portanto, quando o alimento é cozido, perde suas enzimas próprias (endógenas) e o organismo tem que tirar de suas reservas as enzimas, para realizar o processo digestivo. Este fato traz como conseqüência uma deficiência enzimática, contínua, do organismo, prejudicando o bom desempenho do metabolismo e toda a vitalidade.
Cada célula do organismo humano tem mais de 4.000 tipos de enzimas adormecidas, esperando para serem ativadas. Para se tornarem ativas, é necessário que estejam presentes no processo tanto os minerais principais como também os minerais secundários. A maior parte das pessoas nunca ativa completamente todas as suas enzimas devido à falta dos minerais necessários para fazê-lo.
Nosso objetivo então é garantir que cada célula tenha os minerais e nutrientes necessários para ativar suas enzimas. Quando somos capazes de fazer isso, aumentamos a carga eletromagnética das nossas células. Cada célula pode se tornar assim uma fábrica de enzimas turbinadas. Ao nível celular, isto retrata a essência da saúde: cada célula ressonante, capaz de transformar qualquer nutriente que seja necessário usando enzimas especializadas e prontamente.
O papel dos minerais no balanço ácido / alcalino
A maioria dos especialistas no campo da nutrição aceita que um bom equilíbrio ácido/alcalino no interior de nosso organismo é fundamental para uma boa saúde e vitalidade. Nosso organismo constantemente se esforça para manter equilíbrios de vários tipos. Por exemplo, nossa temperatura (em torno de 37°C), nossa pressão arterial (em torno de 11/8) e a freqüência respiratória se mantêm dentro de certos parâmetros. Da mesma forma nosso organismo também se esforça para manter equilibrado nosso pH que é a medida de acidez e alcalinidade.
A faixa de pH ideal do nosso sangue é 7,35-7,42. Outros tecidos do organismo podem ser levemente alcalinos ou ácidos, uma boa regra de ouro é apontar para um pH geral igual a 7.0 (neutro). Quando o organismo está excessivamente ácido (entre0 e 6,9), com o tempo ele vai começar a se deteriorar. Imagine o efeito da corrosão que a chuva ácida tem sobre a estrutura de um edifício. Isso não é muito diferente da corrosão que ocorre no nosso organismo quando estamos em um estado excessiva e constantemente ácido. Nós podemos ajudar nosso organismo a atingir níveis adequados de pH mediante a escolha responsável e consciente dos alimentos que consumimos.
O organismo precisa tanto de alimentos na forma ácida como alcalina, para manter um equilíbrio adequado. É importante observar que os alimentos ácidos, por si só, não são ruins. O problema que ocorre para a maioria das pessoas é que elas consomem dietas muito ricas em alimentos que geram acidez e deficientes em alimentos que promovem a alcalinidade. É necessário ingerir alimentos que se complementem com o objetivo de manter o equilíbrio: alimentação balanceada.
O principal fator que determina quando um alimento é ácido ou alcalino é o seu conteúdo mineral. Os alimentos ricos em substâncias minerais alcalinizantes, como cálcio, magnésio, silício, ferro, ou os elementos Ormus, gerarão alcalinidade no organismo. Os alimentos ricos em substâncias minerais ácidas, como o cloro, fósforo, iodo, ou nitrogênio, gerarão acidez no organismo.
Os minerais podem ser encontrados em diferentes partes de cada planta. Eles se fixam e formam estruturas em diferentes lugares dentro da planta, como folhas, raízes, caules ou sementes. Como exemplo, podemos ver este princípio demonstrado claramente na análise do trigo. A casca de uma planta de trigo maduro pode conter entre 67% a 87% da sílica total da planta, que é um mineral que gera alcalinidade. A semente do trigo, entretanto, não contém sílica alguma. Por outro lado, esta mesma semente contém fósforo em abundância, muito mais do que qualquer outra parte da planta, que é um mineral gerador de acidez.
Quando começamos a olhar para este conceito definido como ‘o princípio diretivo mineral’ (no meu livro “Eating for Beauty” – “Comer para Rejuvenescer”) vamos começar a perceber que diferentes minerais se concentram em diversas partes da mesma planta ou animal. Por exemplo, folhas, caules, flores e cascas de sementes tendem a concentrar os minerais alcalinizantes. Raízes e sementes tendem a concentrar os minerais geradores de acidez. Em alimentos de origem animal, a acidez é encontrada nos músculos (carne) e a alcalinidade é encontrada nos ossos, músculos e ossos; ou sejam, devem ser balanceadamente ingeridos para que um carnívoro mantenha o equilíbrio ácido-alcalino.
Os alimentos que geram acidez incluem nozes, sementes, grãos, frutos doces e produtos hortícolas doces, como a cenoura e a beterraba. Outros alimentos pertencem a um grupo mais neutro, significando que eles não promovem acidez ou alcalinidade. Este grupo inclui alimentos, tais como algas, pepinos, tomates, pimentões, maçãs verdes, frutos silvestres, quiabo e a maior parte dos melões. No outro extremo do espectro, encontramos que os alimentos cultivados na terra como ervas e hortaliças, que são os melhores geradores de alcalinidade.
Notar que o sistema aqui empregado é diferente dos gráficos ácido-alcalino encontrados em alguns livros sobre o assunto, particularmente o livro do Dr. Young “pH Miracle, Alkalize or Die” (“O milagre do pH, alcalinizar o morrer”) e outros. Estes livros categorizam os alimentos que contem potássio como sendo geradores de alcalinidade, e eu discordo. Este problema faz com que estes autores categorizem erradamente muitos alimentos, como as nozes e os grãos, classificando-os como alcalinos quando eles não são.
A maneira mais fácil de lembrar dos alimentos geradores de ácidos é usando a regra geral: “raiz, semente, músculo,” Infelizmente, esta é a dieta básica da civilização atual. Aqueles que não têm este conhecimento tendem a consumir hambúrgueres e frituras, ou sanduíche com batatas fritas como refeição normal. Neste exemplo, a massa é a semente (grão), as batatas fritas são as raízes, e o hambúrguer é o músculo. Mesmo os vegetarianos podem cair nessa armadilha, comendo pratos de feijão e arroz, que nada mais é do que uma taça cheia de sementes. Todos os alimentos alcalinos, super-alimentos, e as ervas devem estar presentes para gerar o equilíbrio ácido-base ligeiramente alcalino.
Mesmo com uma dieta alimentar natural crua e viva, a idéia é sempre gerar um equilíbrio, escolhendo os alimentos que se complementam entre si. Você pode desfrutar de um prato de biscoitos desidratados feito de nozes e sementes coberto com abacate. Essas opções sozinhas fazem uma refeição geradora de ácidos. No entanto, salpicando alguns flocos de algas na parte superior do abacate e incluindo uma salada de folhas verdes com este prato, você agora está complementado o os alimentos formadores de ácidos com alimentos que irão promover a alcalinidade.
Usando o suco de gramíneas para mineralizar rapidamente o organismo
Uma excelente maneira rápida e econômica de mineralizar o organismo é através do uso de sucos de gramíneas, como o trigo-grama, a cevada e as ervas silvestres. As gramíneas são uma das poucas plantas que têm a capacidade de absorver todos os minerais presentes no meio de cultivo. Na maioria das vezes esse meio é o solo, mas o trigo também pode ser cultivado usando o sistema hidropônico.
Uma maneira de garantir o conteúdo ideal de substâncias minerais no solo ou no sistema hidropônico para o crescimento do trigo é adicionando água do oceano. A água do oceano é uma excelente fonte para todos os minerais, incluindo os elementos minerais Ormus. Nesta técnica, a água do mar é diluída e a seguir introduzida nos meios de cultura, tais como o solo. Desta forma, o trigo irá absorver todas as 90 substâncias minerais presentes na água do oceano. Uma relação de diluição de uso comum é de 20 partes de água de chuva para uma parte da água do oceano. Contudo, as taxas de 30:1 ou 40:1 ou mesmo 100:1 para uso homeopático – têm sido também utilizados de forma eficaz.
Saiba mais lendo: Parte 1 e Parte 3
* David Wolfe, JD – Criador do Programa de Longevidade AGORA, atualmente em sua segunda edição. Autor de ‘Superalimentos – Os alimentos e medicamentos do futuro’ (Editora Alaúde), Graça Divina, Alimentar-se para a Beleza, Chocolate em bruto e O Sistema de Sucesso da dieta solar.
Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações, citada a autoria e a fonte www.docelimao.com.br
0 respostas em "Alimentar-se para Rejuvenescer - Parte 2"