Fábio de Castro *
A quantidade excessiva de flúor no organismo de crianças pode causar a fluorose dental. Para evitar essa alteração estética que forma manchas brancas nos dentes foram lançados no mercado, há alguns anos, os cremes dentais com baixa concentração de flúor.
Mas a alternativa pode não ter sido uma boa ideia: um novo estudo realizado por pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) indicou que os cremes dentais com baixa concentração de flúor não são tão eficientes contra as cáries como os dentifrícios convencionais. Pior: também podem não evitar a fluorose.
O tema foi o foco da pesquisa de mestrado de Regiane Cristina do Amaral, defendida na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp, em Piracicaba (SP), sob orientação de Jaime Aparecido Cury, professor de Bioquímica da unidade. Durante a graduação, Regiane teve apoio da FAPESP para duas bolsas de iniciação científica.
Com a colaboração de Lívia Tenuta, Altair Cury e Cinthia Tabchoury – todos professores da FOP, o estudo gerou um artigo que será publicado na edição de agosto do European Journal Oral Sciences.
De acordo com Cury, para a realização do estudo, 14 voluntários utilizaram creme dental com concentrações de flúor de 500 ou 1.100 partes por milhão e usaram dispositivos palatinos contendo esmalte decíduo, que foram submetidos à simulação de consumo de diferentes níveis de exposição a açúcar: de duas a oito vezes por dia.
“Os resultados mostraram que, entre os voluntários que simulavam menor consumo de açúcar, o efeito dos dois tipos de cremes dentais era semelhante. Mas, conforme aumentava a exposição ao risco de cárie, o dentifrício de baixa concentração de flúor não era capaz de combater o efeito do açúcar e as cáries aumentavam linearmente. Além disso, para os dois tipos de cremes dentais o risco de ocorrência de fluorose dental seria semelhante, para crianças pequenas que ingerissem grande quantidade de pasta”, disse à Agência FAPESP…
…Mas a fluorose, segundo Cury, não é decorrente do efeito tópico do flúor em contato com os dentes. Ela é causada pela presença sistêmica do flúor no organismo de crianças com dentes em formação. O problema, portanto, não é a concentração do flúor no creme dental, mas a ingestão de grandes quantidades de creme dental com flúor. Por isso, para diminuir o risco de fluorose, o estudo recomenda a utilização de pequenas quantidades dos cremes dentais convencionais…
O estudo corroborou os dados de um estudo clínico realizado anteriormente, entre crianças com atividades de cárie, pelo grupo da FOP em São Luís (MA) e publicado na revista Caries Research.
“O creme de baixa concentração não conseguiu controlar as cáries. Já o creme convencional não apenas controlou o problema, como levou a uma reversão das lesões de cárie existentes. Em um trabalho epidemiológico de campo como aquele, no entanto, não controlamos todas as variáveis. No novo estudo pudemos chegar aos mesmos resultados, mas sabendo que todos os voluntários da pesquisa tinham a mesma quantidade de bactérias sobre os dentes – o que variava era apenas o consumo de açúcar e a concentração de flúor na pasta”, explicou.
Segundo o pesquisador, atualmente alguns dentistas e médicos, preocupados com a fluorose dental, chegam a recomendar cremes dentais que não contêm flúor. Segundo ele, trata-se de um equívoco: “se a pasta de baixa concentração de flúor não é suficiente para controlar as cáries, o que esperar de uma pasta sem flúor?”, alertou.
Mas, existe o outro lado da história, vejamos:
* Agência Fapesp – Boletim eletrônico de 28.04.2010
Comentários segundo a Biocibernética Bucal
Por Dr. Hamilton da Bioaxis **
Minha opinião com certeza é muito diferente, pois dentro da abordagem da Biocibernética Bucal a cárie no ser humano é uma manifestação de vazão de tensões em áreas topológicas e topográficas correspondentes, tanto no nível sistêmico como nos aspectos emocional e mental do indivíduo.
Trocando em miúdos, a boca humana é área terminal: quando algo em nós amadurece e um dente nasce, os dentes funcionam como pilares de sustentação e o arranjo dos dentes espelham nossa singularidade.
Portanto, qualquer problema que aconteça em nossos dentes acabam sendo uma válvula de escape de tensões; “a boca humana é naturalmente terminal, quando deixa de ser terminal na boca e passa a ser no corpo temos o Doente Terminal”.
Os dentes funcionam também como verdadeiros ‘fusíveis’ que expanam antes que um órgão ou sistema ‘ligado’ àquele dente específico entre em colapso (doença aguda ou avançada). Ou seja, eles são pisca-pisca de alerta!
Com isso qualquer aplicação de flúor, tópico ou sistêmico, pode até impedir o aparecimento de cáries, mas irá desarmar nossos ‘fusíveis’ e conseqüentemente do desenvolvimento de um diálogo do corpo com o ser humano.
O flúor é a vacina usada para os dentes e, somos contra a vacinação, pois impede o desenvolvimento das defesas, do fortalecimento interno.
O certo mesmo é:
– Uma alimentação saudável com riqueza de raízes, sementes, folhas e frutas que irão proporcionar a formação de dentes fortes, bem calcificados.
– Baixo consumo de açúcar refinado, alimento denso que dá sustentação para a NÃO estrutura ou desenvolvimento humano: cáries, perda dos dentes!
– Higiene com escovação básica logo após as refeições e PRINCIPALMENTE à noite antes de dormir.
– Usar pasta de dentes comum e barata.
** Dr. Hamilton Rodrigues é dentista da biocebernética bucal, discípulo direto do Dr. Mário Baldani. Seus conhecimentos e textos nos colocam de ponta-cabeça diante da medicina tradicional quando aborda temas como dentes, respiração e postura. Visite seu site: www.bioaxis.com.br
O site-biblioteca da TAPs informa também:
O dente sadio é uma parte viva do organismo. Os dentes estão ligados, por meio de sangue e nervos, ao coração e ao cérebro da pessoa. A saúde dos dentes e da gengiva está relacionada com a saúde do corpo inteiro. Por causa disso, a separação que geralmente se faz entre odontologia e medicina não é razoável, nem saudável.
Os cuidados com dentes e gengiva – tanto preventivos quanto curativos – deveriam fazer parte dos conhecimentos de todo agente de saúde.
As doenças bucais estão aumentando na maioria dos países porque as pessoas estão comendo poucos alimentos naturais, muita comida processada e industrializada e mastigando pouco. Tratar das cáries não é a solução. É preciso conscientização, prevenção e novos hábitos.
Leia também: Dentes e suas funções energéticas – Parte 1
Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações, citada a autoria e a fonte www.docelimao.com.br
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