Conceição Trucom
Mandalas são imagens circulares usadas há milênios pelos povos orientais para expressar, através de um desenho, a experiência humana de contato com a energia divina da criação. Nas mandalas estão expressas as relações entre o Homem e o Cosmos, entre a busca de conquistas materiais e a energia espiritual que está por trás delas. Em outras palavras, as mandalas são um caminho para se autoconhecer e compreender os universos interno e externo.
A palavra mandala vem do sânscrito e significa “círculo mágico”. Entre os povos orientais, atribui-se às mandalas a característica de representar graficamente o ritmo, o movimento e a harmonia que regem todo o Universo, a natureza e o próprio ser humano. Existe um centro (um eixo) de onde tudo nasceu, de onde tudo se sustenta, se movimenta.
Para os hindus, a mandala é a reprodução da mente humana quando equilibrada. Por essa razão, meditar corretamente, olhando para o centro da mandala, pode reordenar os processos mentais, trazendo paz e soluções para conflitos sobre os quais nem mesmo conseguimos ter consciência. Ou seja, mesmo sem que você saiba exatamente o que causa uma determinada perturbação em sua vida, a meditação com uma mandala pode trabalhar construtivamente o problema.
Como meditar com Mandalas?
Escolha a sua mandala (ver link abaixo) – aquela que mais te fascina – e observe-a bem, pensando naquilo que você está buscando: Foco? Concentração? Criatividade? Abundância? Fertilidade? Saúde? Amorosidade? Serenidade?
Procure sentar numa posição confortável com a coluna ereta, colocando a mandala diante de seu rosto pendurada na parede. O centro da mandala deverá estar à altura dos seus olhos, numa distância semelhante à extensão de seu braço.
Focalize toda sua atenção no centro da mandala. Não exerça tensão sobre os olhos que deverão permanecer repousados no centro da mandala durante todo o exercício.
Procure aos poucos esvaziar sua cabeça, deixando a mandala agir em você através do movimento que lhe é inerente. A idéia é chegar a preencher toda a sua mente com a imagem da mandala. Como um chip, ela será reconstruída dentro de você.
Não queira controlar seus movimentos. Respire profundamente e naturalmente, permanecendo relaxado todo o tempo. Seus olhos poderão ficar pesados, lacrimejar ou arder. Permita que isso aconteça. Deixe a mandala limpar, desobstruir e energizar seus olhos físicos e seus componentes etéricos. Fixe sempre o olhar no centro do desenho. Perceba os detalhes captados pela visão periférica, sinta sua vibração, mas não se desligue do centro.
Procure piscar o mínimo possível e quando o fizer, que seja suavemente e com total atenção. Não faça apreciação ou juízo crítico. Não deixe a sua mente interferir no processo. Apenas observe o que está acontecendo dentro e fora de você.
Perceba que, quando sua mente se aquieta, você gasta menos energia com o pensamento, e, como não existe vácuo no universo, outra função assume essa energia. É hora de funcionar a intuição, o autoconhecimento, a clarividência e a clariaudiência. Começam a emergir interiormente potenciais normalmente submersos do seu ser.
Mergulhe na mandala por 15 minutos. É opcional o uso de música ou qualquer outro estímulo auditivo. Durante todo o exercício é vital a atenção na respiração, que poderá ter variantes de acordo com o que se quer atingir.
Quanto mais imóvel você conseguir ficar, mais a mandala penetrará em você, harmonizando seu campo de energia e os chacras.
No final dos 15 minutos, feche os olhos, esquente as mãos e as coloque sobre eles, relaxando-os.
Não deite logo em seguida. Permaneça por mais 15 minutos sentado, observando o que está acontecendo internamente com você. Essa observação é o objetivo de toda e qualquer técnica meditativa. Fique em silêncio, de olhos fechados e coluna ereta.
Após este período, se quiser, deite.
Esta meditação não deve ser feita antes de dormir ou logo após as refeições.
Depois de um período de prática de 21 dias, escolha outra mandala para meditar.
Clique aqui e escolha sua mandala para meditar
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