Mitos e verdades sobre a respiração

Por Nicole Witek

Sem desculpa

Você não tem desculpa para não arranjar 1 minuto por hora para respirar em 3 tempos, lentamente, como se estivesse na beira do mar. Essas respirações preenchem cada faixa respiratória: baixa (abdominal), média (torácica), alta (clavicular). Esse único minuto tem efeitos fisiológicos que vão perdurar 60 min! Melhor ainda, se for ao ar livre.

Respirar em três tempos significa sentir o aumento de volume no ventre, na caixa torácica e na altura da clavícula, acumulando (primeiro tempo), segurando o ar lá dentro (segundo tempo) e expirando lentamente (terceiro tampo).

Respirar = viver

Nefasta: Se a nossa respiração for superficial, estamos totalmente errados. Nos contentamos com uma simples ‘ventilação’ dos dutos. Assim sendo, só uma pequena porção do ar respirado, entra em contato com os alvéolos pulmonares.

Enganado: Você está enganado se pensa que a inspiração é a parte principal do ato respiratório. Pelo contrário, “para encher um vaso, precisamos esvaziá-lo primeiro”. Os pulmões só serão preenchidos depois de terem sido devidamente esvaziados. Quanto menos ar residual ficar nos pulmões, mais ar puro estará entrando. Nota: a expiração é um ato de DESINTOXICAÇÃO. A inspiração é um ato de VITALIZAÇÃO.

Ruim: Respirar rapidamente é ruim. Por quê? O ar não fica o tempo suficiente em contato com a membrana pulmonar, e os intercâmbios gasosos não têm tempo de ser completados. Desta forma a respiração é ao mesmo tempo superficial e rápida demais!

Menos ruim: É a respiração limitada à região abdominal do corpo. Para a mulher principalmente, deveria ser de interesse vital, deslocar o centro de gravidade do ato respiratório para região do abdome, pois tem a tendência de respirar pela parte alta do peito. Isso é um hábito muito ruim e que a deixa cansada: exige um esforço máximo para um resultado quase nulo!

Silenciosa: É assim que deve ser a nossa respiração. A respiração se torna automaticamente lenta e ampla quando é silenciosa.

Errada: Se for pela boca. A respiração deve ser feita pelo nariz, tanto na expiração quanto como na inspiração, exceto em circunstâncias muito especiais. O nariz é o equipamento apropriado para condicionar o ar dentro do organismo. O nariz limpa, umedece e aquece o ar na inspiração. O ar expirado pelo nariz é quente, para deixar as narinas sempre na temperatura adequada. A mucosa nasal deve sempre estar quente para cumprir seu papel.

Ansiedade permanente: Muitas vezes pode ser melhorada só com a respiração, que tem conseqüências sobre nossos estados afetivos. Uma respiração superficial, sem ritmo, rápida demais, corresponde a um estado de ansiedade e tensão nervosa. Respirar profundamente, lentamente e de maneira harmoniosa, dissolve a sensação de opressão e instala a tranqüilidade interior.

Insônia: Existem truques simples, que ajudam a se livrar dos remédios. As retenções do sopro com os pulmões vazios nunca são perigosas. À noite, deitado na cama, antes de cair no sono, expirar e reter o ato respiratório, ficando uns segundos de pulmões vazios. Este é o melhor remédio para se livrar da insônia, principalmente quando se tem consciência dos batimentos cardíacos.

Poluição e ar viciado: Estas são as características do ar que nós respiramos nas cidades. É ruim viver em um ambiente fechado onde o ar fica contaminado, trancado, com temperatura uniforme. Diante de atividades sedentárias, abra a janela, facilite a renovação constante do ar no ambiente e as variações de temperatura. Beba água.

Perigo: Não existe perigo em insistir nas expirações mais forçadas e compridas, até encolher a barriga. Porém, a inspiração deve ser sempre confortável, sem inflar o corpo como se fosse um pneu.

Lenta: É assim que deve ser a expiração. A duração da expiração é o dobro da inspiração. Isso é uma regra que esquecemos desde a infância, e que nem aplicamos mais. É imprescindível voltar a esse ritmo fisiológico… Às vezes com um pouco treino.

Tensões: Principalmente a tensões no pescoço, rosto, ao redor da boca e nas mãos devem se tornar conscientes para serem diluídas. Esteja atento para relaxar durante os momentos de respiração consciente.

Doenças cardiovasculares: Através da respiração, aspiramos ar e bombeamos sangue para os pulmões, afastando assim os riscos de problemas cardiovasculares. A respiração correta influencia nossa circulação venosa, que terá pleno desempenho se nós usarmos o diafragma, tornando-o aliado do coração.

Doenças do aparelho digestivo: Os movimentos amplos do diafragma ajudam numa prevenção fantástica dos problemas digestivos. A respiração profunda estimula os órgãos do abdome: o fígado, o baço e particularmente o intestino.

O ar é gratuito: até hoje é nosso alimento principal. O ar está disponível em quantidade ilimitada na superfície do planeta, portanto, usufrua sem restrições deste presente da natureza.

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