Novas pistas sobre por que a nutrição deficiente durante a gravidez leva à filhos obesos mais tarde na vida
Fonte : Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental (FASEB) – em 31 março 2015
Os bebês que recebem nutrição deficiente no útero tendem a ser mais pequenos ao nascer, fato que tem sido associado com a obesidade e o desenvolvimento de outros problemas de saúde mais tarde na vida enquanto ainda criança, adolescente ou adulto.
Novas pesquisas têm confirmado outras conseqüências relacionadas com a desnutrição durante a gravidez. Um estudo recente examina como a nutrição fetal deficiente afeta a expressão de proteínas no tecido adiposo de ratos adultos, revelando as principais diferenças entre machos e fêmeas.
A pesquisa ajuda a explicar por que as meninas que sofreram nutrição pré-natal deficiente no útero têm em maior risco do que os meninos para desenvolver obesidade na idade adulta. As descobertas podem abrir novos caminhos pra que pesquisadores possam desenvolver novos métodos para ajudar a controlar o peso em pessoas predispostas à obesidade.
Todos os anos 17 milhões de crianças nascem desnutridas devido
à nutrição DEFICIENTE da mãe.
E a obesidade infantil já é um problema, que cresce rapidamente nos países em desenvolvimento. Além disso se estima que 900 milhões de adultos estão acima do peso ou são obesos.
“Nos países em desenvolvimento, a alimentação insuficiente e inadequada é um problema muito real”, disse Eliane Beraldi Ribeiro, Ph.D., professora associada da Universidade Federal de São Paulo e líder da pesquisa. “Uma melhor compreensão dos mecanismos moleculares que funcionam na reprogramação metabólica e que provocam subnutrição pré-natal pode levar a intervenções e tratamentos que ajudem a reduzir os efeitos para a saúde.”
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No estudo, os pesquisadores alimentaram ratinhas de laboratório grávidas com a metade da quantidade de alimentos que normalmente deviam comer. Quando os filhotes ficaram adultos, os pesquisadores determinaram por espectrometria de massa (MALDI-TOF / TOF) que certas proteínas presentes no tecido adiposo diferia entre ratinhos alimentados em forma deficiente e os ratinhos que receberam nutrição pré-natal normal. A técnica de espectrometria de massa (MALDI-TOF / TOF) fornece uma análise altamente sensível dos níveis de proteína globais.
Os ratos adultos fêmea que receberam alimentação pré-natal deficiente e desenvolveram obesidade, apresentaram níveis inferiores de 18 proteínas e níveis mais elevados de quatro proteínas, em comparação com os ratos normais. Os machos com nutrição pré-natal deficiente não desenvolveram obesidade, mas ainda tinham menores níveis de 12 proteínas e níveis mais elevados de 17 proteínas.
Quando os pesquisadores analisaram as vias metabólicas das proteínas envolvidas, descobriram que as mudanças de proteína apresentadas pelas fêmeas estavam relacionadas com um metabolismo da glicose alterado enquanto a produção de energia celular foi afetada principalmente no sexo masculino.
Devido a que as proteínas afetadas diferem entre ratos machos e fêmeas, os resultados sugerem que a má nutrição pré-natal tem diferentes efeitos a longo prazo em machos e fêmeas.
“Nós não selecionamos previamente certas proteínas para o estudo – nós estudamos todo o conjunto de proteínas possíveis que podem expressar-se no tecido adiposo, o qual é da ordem de centenas”, disse Ribeiro, que irá apresentar a pesquisa na American Physiological Society (APS) durante Reunião Anual de Biologia Experimental 2015.
“Nossa abordagem permite a identificação de proteínas que ninguém mais pensou que estariam envolvidas. Agora é necessário realizar mais estudos para compreender as diferenças metabólicas que observamos se relacionam com a susceptibilidades para o desenvolvimento da obesidade. “
Agora que os investigadores identificaram as proteínas que são afetadas pela subnutrição pré-natal poderão conduzir outras experiências para explorar como cada proteína pode contribuir para o desenvolvimento da obesidade.
Os pesquisadores esperam que esta próxima fase da pesquisa possa revelar o tipo de drogas que ajudem a aumentar o metabolismo da glicose nas células de gordura e reduzir a probabilidade das pessoas se tornarem obesas.
Fonte: Matéria baseada em documentação fornecida pela Federação das Sociedades Americanas para Biologia Experimental (FASEB). Esta matéria acima pode ser reproduzida na íntegra desde que citadas as fontes.
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