Gilberto Cabeggi *
Tantas são as vezes em que metemos os pés pelas mãos e, levados pelo ego, pomos a perder o que temos de mais precioso; como, por exemplo, um relacionamento sincero e verdadeiro, que muitas vezes nos custou a construir.
Na verdade, somos inábeis em lidar com nossas desavenças, com nossas contrariedades, com o fato de alguém “se atrever” a pensar, ou agir, de modo diferente do que queremos ou pensamos. É muita prepotência nossa!… E que custa muito caro.
Quando, em nossos relacionamentos, fechamos o olhar sobre o nosso próprio umbigo, optamos por abrir mão de uma visão mais completa de qualquer situação. E deixamos de encontrar a melhor solução para as nossas desavenças e desafios.
Quem disse que temos razão sobre tudo? E, mesmo se tivéssemos, o que seria mais importante: mostrar que temos razão, ou ser feliz?
Precisamos aprender a usar o amor como um peso que pende a balança da vida para o lado da felicidade. Precisamos usar o amor como o fator que decide cada passo que daremos, cada pensamento que esboçaremos, cada sentimento que expressaremos.
Então, que tal passar a colocar o amor como o juiz que baterá o martelo em todas as questões da sua vida? Que tal se, frente a toda e qualquer situação, você se perguntar sempre “O que o amor faria agora?”, antes de tomar a sua decisão?
Experimente
Na próxima vez em que seu companheiro se mostrar não muito gentil com você, antes de devolver na mesma moeda, pergunte a si mesmo: “O que o amor faria agora?”;
Da próxima vez em que seu filho desobedecer uma ordem sua e você sentir ímpetos de aplicar-lhe um bom castigo, antes pergunte a si mesmo: “O que o amor faria agora?”;
Quando um colega de trabalho cometer um erro que prejudique o projeto de sua equipe, antes de condená-lo, pergunte a si mesmo: “O que o amor faria agora?”;
Quando sua esposa reclamar que há muito tempo você não lhe dá flores, antes de responder mal-humorado e injuriado, pergunte a si mesmo: “O que o amor faria agora?”;
Quando alguém o tratar mal e você não reagir, antes de ficar se remoendo por se considerar um idiota, pergunte a si mesmo: “O que o amor faria agora?”;
Quando você acordar de mau humor, disposto a levantar estourando com todo mundo, e candidatando-se a ter um péssimo dia, dê a si mesmo o benefício de perguntar: “O que o amor faria agora?”;
Caso você não tenha ainda compreendido “em que isso muda as coisas” e esteja se sentindo frustrado, pare um pouco agora mesmo e se pergunte: “O que o amor faria agora?”;
Tenho certeza que você já entendeu sobre o que estamos conversando. O amor é o que nos move a cada momento. Apenas, na maioria das vezes, não o reconhecemos. Então, quando damos a ele a chance de se manifestar e se mostrar em nossa vida, ele comparece em todo o seu esplendor, mudando nossa vida para melhor.
Normalmente, somos cegos a tudo o que temos de bom em nossa vida. E nos atraímos pelos alardes das dificuldades que vivemos. Por isso, nos tornamos infelizes.
Felicidade é deixar que o amor seja o condutor de nossa vida. É buscar o amor a cada momento, de maneira consciente e confiante.
Por isso, não importa qual seja a situação pela qual você tenha de passar – seja grande ou pequena, simples ou complexa, boa ou ruim ?, para decidir sobre ela, pergunte antes a si mesmo: “O que o amor faria agora?”.
Não há como errar, quando o amor está em seu coração e é o seu auxiliar nos momentos de decisão.
(*) Gilberto Cabeggi é escritor, com especialização em comportamento humano, e assessor de comunicação escrita. Seus livros: Antes tarde do que nunca e Todo dia é dia de ser feliz (ambos editora Gente).
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