Conceição Trucom
Essa proposta me fascina, me faz sonhar, imaginar. Como seria bom …
Simplificar! Que utopia. Ai se eu pudesse. É algo muito distaaaaaaante.
Quer saber? Não está distante não. Está difícil, mas não impossível.
O que é preciso, para chegarmos mais próximo deste simplificar?
Colocar atenção e luz onde estamos automatizados. Iluminar as nossas sombras que insistem em inverter nossos valores internos, colocando no lugar modelos que jamais serão compatíveis com a nossa felicidade.
Simplificar é isto: aumentar a consciência de quem verdadeiramente somos para então fortalecer o movimento na direção da consciência.
Condicionamentos e modelos são sinônimos de sofrimento. Dentro dos condicionamentos não podemos Ser um indivíduo, mas uma peça “conveniente” para a sociedade. E, quando não temos espaço para Ser um indivíduo, torna-se inevitável o sofrimento. A alma sofre, o espírito também.
Consciência é sinônimo de enxergar a luz. Daquela felicidade que vem sem motivo ou razão, vem lá de dentro. Vem da nossa parte que é essencial, simples. A consciência traz a necessidade de vivenciar o “Agora”, o único tempo real, alinhado com o verdadeiro Eu. Sentindo o peito, sentindo o coração pulsar.
Quando pensamos muito não estamos sentindo. Estamos no passado ou no futuro, na ilusão, no sofrimento. O único momento que temos para sentir (amar) é quando conscientes da qualidade do nosso “Agora”. No passado ou no futuro não sentimos ou amamos, somente sofremos.
Como sair dos condicionamentos, do passado ou da ansiedade?
Meditando. Buscando estar presente e observando o farfalhar dos pensamentos e sofrimentos. Buscando viver e sentir somente o “Agora”. Deixar sair sua vida do passado e futuro, sair da mente. Observe seus pensamentos, Observe o tanto de sofrimento que existe neles. Não se identifique com este sofrimento, apenas observe-o. Sinta-o no coração. Não o julgue, não o critique, apenas observe e perceba que cada pensamento/sofrimento vem de modelos e condicionamentos que você comprou algum dia. Tudo falso. Não é você.
A todo momento: sentir significa estar no seu corpo. Observe (sinta) seu andar, sua expressão facial, sua respiração, seus odores, seu ar. Não é poesia não. Fico observando as pessoas caminhando na rua: se as pessoas estivessem sendo filmadas! Andar acelerado, tronco projetado para a frente num desequilíbrio impressionante, faces amargas, raivosas, fechadas. Desarrumadas, desajeitadas. Para quem está observando fica entre o hilário e o trágico.
Um outro recurso que recomendo para lembrar de sair dos condicionamentos, ou seja, do sono, é despertar através de um ícone, um despertador. Algo que nos desperte, como um Pac Man no espelho do banheiro ou do carro, na capa da agenda. Uma seleção de músicas “paulada na moleira”, que te lembrem do bom humor e alegria de viver. Curto as músicas dos Tribalistas e aquela “Eu me amo” do Ultraje a rigor. Tenha uma fita (ou CD) no carro, outra no trabalho e uma terceira em casa. Enfim, seus ícones, seus despertadores.
Atenção para o absurdo nível de exigência que colocamos em nossa vida. Nos achando Deuses, colocamos metas (carregadas de modelos e condicionamentos) e queremos que absolutamente tudo dê certo. Nossa mente exige que as peças criadas pelos modelos se encaixem perfeitamente. Mas as peças são falsas, como exigir perfeição em algo falso?
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