Vegetarianismo na escola
Conceição Trucom*
As lembranças mais felizes que tenho das escolas que frequentei durante infância e adolescência, são as ligadas com aqueles professores que me deixaram espaço para ser diferente, e acreditar que minha inteligência ia além das medições tradicionais do ambiente escolar.
Competições não me atraíam, mas história (todas), arte, teatro e tudo que estivesse ligado com uma sensibilidade mais aflorada que o comum, me faziam esquecer do tempo, e, muitas vezes, compensava os momentos cruéis do aprendizado social que as escolas nos cobram.
A matéria a seguir, ilustra por um lado a feliz iniciativa de professores que ofereceram uma ótica mais sensível e filosófica da nossa educação. Eles decidiram educar passando por temas polêmicos como vegetarianismo, ecologia, cuidados com os animais, inversão de valores, etc. Só de colocarem em foco tais assuntos, se exporem, mas ainda assim proporcionarem o acesso dos alunos aos filmes, debates, reflexões, vivências desta perspectiva do mundo; já merecem nota 1000.
Por outro lado, a matéria apresenta a resistência do conservadorismo, o medo de mexer em assuntos polêmicos, de se expor e a dificuldade de exercitar o mais importante papel das escolas: ampliar horizontes, perspectivas, dar abertura para adultos maiores, libertos de tantas e tantas convenções.
Entendo que a proposta destes professores, diferente de catequisar vegetarianos, foi a de apresentar espaços e novas perspectivas para sermos diferentes, sensíveis, mais humanos e, usarmos nossas inteligências (decisões, escolhas) diante de informações, debates, vivências e reflexões amplas em parceria com professores-amigos-catalizadores.
Leia Mais Conceição Trucom16 de junho de 2009