Conceição Trucom
Tenho escrito e chamado bastante a atenção para as plantas nativas dos biomas brasileiro.
Elas tem sido divulgadas como hortaliças não convencionais e frutas silvestres, e recebem tamanho descaso, tal o ignorar dos consumidores brasileiros. Sãos as PANC: Plantas Alimentícias Não-Convencionais…
Muitos porque, distantes da natureza, das zonas rurais e produtivas, não as conhecem. Outros, mesmo vivendo no campo, sendo produtores de hortaliças e frutas convencionais, mais comerciais, também não as valoriza, consome ou planta de forma mais organizada, para poder resgatar e disseminar a nossa cultura alimentar.
Temos que retornar, não só o contato com a natureza, mas ao consumo desta riqueza alimentar.
Os Essênios afirmavam há 2300 anos atrás: ‘Alimente-se somente daquilo que está ao alcance dos seus olhos’. Frase 100% atual porque ecosustentável e nos lembra que o alimento mais nutritivo e vitalizante é aquele que compartilha seus elétrons com aqueles que estão a sua volta… Física quântica!
Pense nisso e volte a visitar as propriedades rurais a sua volta, a resgatar aqueles alimentos dos seus avós e ancestrais, porque estes devem ser os Alimentos dos Tempos de HOJE.
Leia: O aquecimento global e nossos corpos
Cartilha Hortaliças não convencionais
Confira abaixo na íntegra, mas em 4 partes, o vídeo promocional sobre o Projeto PANC, elaborado pela nutricionista Irany Arteche para assentados do MST/RS e promovido pela Superintendência da CONAB/PNUD, com oficinas ministradas pelo botânico Valdely Kinupp sobre plantas com grande potencial alimentício e de comercialização, mas que costumam ser negligenciadas. “Somos xenófilos, o brasileiro não come a biodiversidade que tem”, adverte Valdely.
O objetivo deste registro é colaborar na divulgação desta experiência para outros assentamentos de reforma agrária e organizações de agricultores familiares nas diferentes regiões do Brasil. Servirá como material pedagógico para cursos que tratem de alternativas para agricultura familiar, segurança alimentar e nutricional, diversificação agrícola, processamento de novos produtos e alimentos.
Trata-se de plantas que nascem de forma espontânea e podem ser encontradas, com facilidade, em qualquer beira de estrada, terrenos baldios, hortas e áreas cultivadas, bem como nas florestas nativas.
Vídeo 1: 8′ 48″
Apresenta a taboa que podemos comer o pólen e o palmito, do qual pode-se produzir uma farinha para ser usada como um sal saudável porque concentrado em cloreto de potássio.
Vídeo 2: 9′ 14″
Apresenta a Uva (parente do dente de leão), o Caruru (folhas, caules e sementes = amaranto), a Serralha, a Taioba (folhas, talos e rizomas), Ora-pro-nobis (folhas, frutos e flores).
Vídeo 3: 8′ 51″
Apresenta o Hibiscus ou Vinagreira (flor, fruto e folhas), Mini-Pepino, Espinafre rústico, Bertalha coração e termina falando algo muito sério: somos xenófilos: compramos tudo o que é de fora e NÃO valorizamos o natural, o que é espontaneamente NOSSO.
Vídeo 4: 7′ 34″
Apresenta o Jaracateá, Taioba roxa (folhas e batata roxa).
Trilhas do Sabor – Matos Comestíveis – Parte 1
Trilhas do Sabor – Matos Comestíveis – Parte 2
Leia e assista também:
Valdely Kinupp – Plantas Alimentícias Não-Convencionais
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