Conceição Trucom *

VISÃO GERAL  

A saúde humana e do planeta estão correndo risco. Chegamos ao terceiro milênio com muito desenvolvimento, tecnologia e avanços, porém parece que há um adoecimento crônico dos sistemas biológicos, que ameaça a saúde das pessoas e da Terra. Não se trata de nenhuma epidemia planetária ou peste incurável, mas sim das consequências de um modo de vida que o ser humano vem tendo nos últimos séculos, mais acentuadamente nas últimas décadas.

Não há como não consumir e extrair recursos do lugar em que habitamos, mas a maneira que estamos fazendo isso – exaurindo fontes até a escassez, contaminando água, ar e terra, devastando, degradando, usando pesticidas e outros contaminantes - visando mais produção apenas para aumentar lucros, extinguindo espécies vegetais e animais, desequilibrando biomas, modificando o clima, vendendo substâncias tóxicas como se fossem alimento e por fim nos envenenando, nos adoecendo e matando precocemente – está nos levando a um ponto crítico.

Esse cenário não é mais a descrição distópica de um futuro distante, mas a realidade cotidiana que pode ser lida em jornais ou sites de notícias, quando não, sentida muito de perto ou então na própria pele.

A boa notícia é que há uma solução.

Precisamos fazer uma modificação na maneira como nos alimentamos, como consumimos e como produzimos nosso alimento. É claro que medidas sistêmicas são necessárias, mas é possível tomar atitudes práticas, individuais e coletivas, para mudar um quadro difícil e doente, em prol de um horizonte saudável e sustentável.

Mesmo que comece no âmbito pessoal. Na verdade este é o mais real dos começos!

É preciso fazer uma transição da comida industrializada, cheia de agroquímicos, nutricionalmente vazia, monótona e tóxica, ligada à escassez de saúde e desconexão com a natureza, para um jeito de viver e se nutrir com sintonia e respeito ao meio ambiente, que resgata a conexão com a natureza, com a biodiversidade, a soberania alimentar, a sintropia e a abundância.

Estamos falando da alimentação baseada em plantas – a plant based diet, como é conhecida internacionalmente – e que a ciência biomédica e as mídias populares já sabem que é sinônimo de saúde, nutrição saudável, longevidade e jovialidade. Não é necessário se tornar vegetariano ou vegano, mas ter como foco os vegetais verdadeiros, e abrir mão de alimentos industrializados, artificiais, e redução dos alimentos de origem animal. Em resumo, resgatar a comida de verdade, como o ser humano sempre fez em todos os milênios em que andou pela face do planeta. 

Existe, no entanto, uma dificuldade para realizar esta transição, é fato. Mas há um elo perdido que pode torná-la mais tranquila e até divertida: com as Plantas Alimentícias Não Convencionais, ou PANC.

São plantas que estão sobre a terra há muitos milênios, e por isso perfeitamente adaptadas, resistentes a pragas e, portanto, naturalmente com vocação para serem orgânicas, muitas são espontâneas, e em geral são conhecidas por povos nativos que sempre se utilizaram delas, como medicinais e comestíveis. Porém, o homem do mundo industrializado as considera “daninhas”, “invasoras”, “inços”, pois ocorrem entre as plantas cultivadas ou em locais onde acham que não podem ou não deveriam ocorrer, e por isso são massacradas com pisoteio humano e de máquinas, arrancadas com as mãos, máquinas, foices e enxadas, e desde a revolução verde exterminadas com herbicidas.

Mas os povos ancestrais já sabiam que essas espécies apresentam grande importância alimentícia e podem estar na linha de frente da abundância como alimento para o ser humano. Por isso mesmo, são o melhor meio de fazer a transição para um modo de alimentação e vida mais saudável e sustentável. Bom para as pessoas e bom para o planeta.

Por tudo isso, este é um livro de vanguarda, que atinge a todos que desejam a saúde pessoal e do planeta que habitamos, sintonizado com o que de mais novo existe em termos de nutrição e saúde. Evidência disso é a prestigiosa revista científica Nature, que agora em 2019 lança uma nova linha – a Nature Food – somente sobre alimentação e sustentabilidade, exatamente o foco desta obra: www.nature.com/natfood/. Os avanços da inteligência artificial também afirmam que a medicina do futuro será a preventiva, e a alimentação do futuro será a plant based diet.

Personalidades da mídia, influenciadores, médicos e até chefs sabem dos benefícios das PANC e da alimentação baseada em plantas. As nutricionistas Bela Gil, Alana Rox, Lidiane Barbosa, Neide Rigo e Valéria Paschoal, como visionárias, já trabalham nessa linha. Chefs como o Alex Atala e Isabel Coelho usam PANC em sua culinária. Os atores globais Marcos Palmeira e Rafael Cardoso são também agricultores orgânicos, e literalmente cultivam esse estilo de vida. Médicos prestigiosos como o brasileiro Dr. Alberto Gonzalez e o americano Gabriel Cousens baseiam a saúde de seus pacientes com a dieta baseada em plantas.

A proposta da Casa PANC Para TI e todas as nossas Rodas de Conversa, Oficinas e até a FLIPZINHA é abrangente, que vai do popular ao científico, do afetivo ao profissional, pois as PANC se encontram basicamente na vivência e memória, no empírico de pessoas como raizeiros, mateiros, indígenas, caiçaras e quilombolas, além de agricultores familiares que disso vivem há gerações. Nosso propósito é redefinir, com bases sólidas, o futuro da alimentação humana, porque o alimento do futuro é possível. O futuro é PANC: as plantas que promovem a saúde do organismo humano e do meio ambiente.

Confira agora a nossa programação que será 100% gratuita, porém com vagas limitadas. Serão muitos palestrantes ilustres nesta temática, neste caminho planetário.

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