Dr. Gabriel Cousens *
Diariamente, nossas crianças são empanturradas com propagandas de alimentos nocivos a elas. Um estudo da Kaiser Family Foundation analisou mais de 8.000 campanhas publicitárias usando informações detalhadas sobre os hábitos televisivos de crianças de três faixas etárias.
Os pesquisadores constataram que crianças de todas as idades são bombardeadas com promoções de fast food, junk food e refrigerantes, e as de 8 a 12 anos assistem à maioria das propagandas de alimentos. Esse mercado, o dos pré-adolescentes, é particularmente importante para os anunciantes porque abrange as idades em que os jovens começam a tomar suas próprias decisões de compra. Segundo a Dra. Susan Linn, da Campaign for a Commercial-Free Childhood, "sabemos que o marketing é um fator que contribui para a epidemia de obesidade infantil. É inconcebível que crianças entre 8 e 12 anos de idade assistam, em média, a mais de 7.600 comerciais de alimentos/ano - a grande maioria de doces, salgadinhos, cereais e fast food."
Com isso, que espaço terá, na vida e hábitos alimentares de nossas crianças, os alimentos de origem vegetal, crus, frescos, integrais e ricos em nutrientes como os minerais, entre eles o magnésio, presente na clorofila dos alimentos de cor verde? pergunta Conceição Trucom.
Estamos cientes de que o sobrepeso é um fator de risco para doenças cardíacas em adultos, mas a situação é ainda mais ameaçadora. Dados de autópsia dos conflitos na Coréia e no Vietnã, do estudo de Bogalusa, e do estudo PDAY comprovam a natureza onipresente da doença em jovens americanos. O Bogalusa Heart Study, de 1992, examinou autópsias realizadas em crianças vítimas de acidentes fatais. Os pesquisadores detectaram estágios iniciais de aterosclerose em forma de placas e estrias de gordura na maioria das crianças e dos adolescentes.
Dieta, prevenção e reversão do diabetes tipo 2 em CRIANÇAS: MAGNÉSIO & CLOROFILA
Uma pesquisa feita pela Dra. Milagros G. Huerta sugere que a deficiência de magnésio está relacionada com o diabetes tipo 2 entre crianças obesas, que apresentam maior tendência a ter resistência à insulina. Esse estudo foi realizado para verificar se as crianças obesas obtinham magnésio suficiente em suas dietas e se a falta deste mineral no organismo poderia gerar resistência à insulina e, consequentemente, diabetes tipo 2. Constatou-se que 55% das crianças obesas não obtinham quantidade suficiente desse mineral por meio dos alimentos que consumiam, contra 27% das crianças magras. Os resultados mostram que crianças obesas ingeriam 14,4% menos magnésio por meio de alimentos do que as magras, mesmo que ambas consumissem mais ou menos a mesma quantidade de calorias/dia. Aquelas que tinham índices menores do mineral apresentavam maior resistência à insulina. Crianças obesas costumam ingerir mais calorias de alimentos gordurosos do que as magras. Além de não consumir alimentos ricos em magnésio, elas mostram ter problemas em aproveitar o pouco magnésio dos alimentos que ingerem. A gordura corporal em excesso pode impedir que as células do organismo usem esse mineral para quebrar carboidratos.
Entre os sintomas característicos do diabetes tipo 2 em crianças estão: sobrepeso, estágios iniciais de doença cardíaca, deficiência de magnésio e resistência à insulina. A clorofila, obtida em vegetais, é rica em magnésio e constitui um alimento essencial para o ser humano - o mineral é encontrado no centro de toda molécula de clorofila. Conforme mostra a figura abaixo, o sangue vegetal (clorofila) e o sangue humano (hemoglobina) não diferem tanto assim.
O magnésio é 17 vezes mais predominante no coração do que em qualquer outro tecido do corpo humano. O renomado cientista e pesquisador Dr. Max Oskar Bircher-Brenner refere-se à clorofila como "energia solar concentrada" e afirma:
"A clorofila melhora as funções cardíacas, atua sobre o sistema vascular, os intestinos, o útero e os pulmões. Aumenta a troca básica de nitrogênio sendo, portanto, um fortificante que, considerando suas propriedades estimulantes, não pode ser comparado a nenhum outro."
Uma das razões para a clorofila ser tão efetiva pode ser sua semelhança com a hemina. Esta é parte da hemoglobina, a fração de proteína do sangue humano que transporta oxigênio. Estudos que remontam ao ano de 1911 mostram que as moléculas de hemina e clorofila são surpreendentemente parecidas, com a diferença de que a clorofila é ligada por um átomo de magnésio e a hemina, por um de ferro. Testes revelam que coelhos com anemia grave voltam rapidamente ao normal depois que a clorofila é administrada. Embora a operação química exata não tenha sido comprovada, o corpo humano parece ser capaz de substituir o magnésio por ferro e recompor o sangue. É como se um paciente anêmico recebesse uma transfusão.
Comentário Conceição Trucom: o leite que o ser humano deve tomar, logo após sair do peito materno deve ser verde, jamais branco. O leite da Mãe Terra que nos sustenta é verde... E, após escrever os livros De Bem com a Natureza e o Sal da Vida, devo afirmar que a qualidade do sal que devemos ofertar às nossas crianças e família deve ser do tipo Integral, jamais refinado ou embutido em alimentos processados. Concordo que a quantidade de sal diária deve ser comedida, com uso de bom senso, mas penso que a qualidade do sal usado faz ENORME DIFERENÇA.
Saiba mais em Leites de Sementes - Parte 2 / Sal & Obesidade Infantil
* Texto extraído do livro A cura do Diabetes pela alimentação viva - Dr. Gabriel Cousens - editora Alaúde. Capítulo 2 - páginas 114-116.
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A cura do Diabetes pela Alimentação Viva
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