Por Camila Zanetti Leite

Cores que fazem a diferença em nossa saúde.

Ricos em nutrientes essenciais para nosso organismo, os alimentos de coloração verde são muito mais do que uma opção para quem busca refeições com poucas calorias. Consumidos diariamente, associados a alimentos de outras cores, eles compõem a base de uma alimentação saudável. 

O médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia, Durval Ribas Filho explica que cada pigmento dos alimentos representa uma predominância de certos nutrientes capazes de trazer benefícios para o organismo e prevenir doenças. “No caso dos alimentos verdes, o pigmento benéfico é a clorofila, considerada um importante energético celular”. 

Durval destaca que os alimentos verdes contribuem para a desintoxicação das células, inibem os radicais livres, protegem o cabelo e a pele e, ainda, impedem que o organismo absorva substâncias desnecessárias. 

A química e estudiosa da alimentação natural Conceição Trucom destaca que os alimentos verdes também são ricos em sais minerais, como ferro, magnésio e cálcio, que ajudam na formação estrutural do sangue e ossos, prevenindo contra doenças neurocerebrais e contribuindo para a memória e o aprendizado. 

Com pouco teor energético, os alimentos verdes apresentam alto valor biológico. Fonte de fibras e precursores da síntese de vitamina B12 no intestino, ajudam no controle da obesidade, problemas digestivos e facilitam a comunicação entre os diversos sistemas do organismo humano. 

De acordo com a medicina tradicional chinesa, o consumo de folhas verdes favorece a oxigenação das células e melhora o metabolismo da energia. Para a tradição que estabelece uma relação entre alimentação, órgãos do corpo e emoções, os alimentos verdes são vinculados ao fígado, e em excesso ou falta interferem em sentimentos como raiva, irritação, ressentimento e frustração. 

Encontrados em vegetais folhosos, legumes, ervas e frutas, os alimentos verdes podem ser consumidos em entradas, saladas, pratos principais, sucos e até sobremesas. Para que se aproveite o melhor de seus nutrientes, Conceição lembra que o ideal é consumi-los o mais natural possível, “crus ou pouco cozidos, amornados ou al dente”. “Uma opção bastante saudável são as folhas de cultura orgânica, que apresentam textura mais crocante, além de maior concentração de sais minerais e vitaminas”, complementa.

Conceição ressalta que algumas folhas precisam ser reconhecidas como alimento pelo consumidor brasileiro. “Ricas em antioxidantes, ferro e clorofila, as folhas de beterraba e a rama da cenoura são excelentes para sucos, saladas e amornados. Já as folhas da couve-flor, abóbora, brócolis e os talos da salsa, coentro, agrião e hortelã, são riquíssimos em vitamina C, perfeitos para serem usados em sucos, chás ou triturados no preparo de molhos”. 

Lembre-se: uma refeição colorida é a melhor forma de manter a saúde em dia. “Um prato com maior variedade de cores, além de bonito e atrativo, é importante aliado na prevenção de doenças”, reforça o nutrólogo. 

Confira a matriz da entrevista aqui: Alimentos Verdes - Site Taeq 

Durval Ribas Filho é médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia – ABRAN. http://www.abran.org.br/

Recomenda-se a leitura na íntegra dos livros Alimentação Desintoxicante (Editora Alaúde) e Mente e Cérebro Poderosos (Editora Pensamento-Cultrix), o que possibilitará a prática desta dos exercícios e filosofia de vida com consciência e responsabilidade. 

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