Uma Curiosidade sobre a tiririca

Texto extraído do livro E se não houver alimento? Editora IRDIN

Durante as pesquisas com as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) e também para escrever este livro sobre momentos de emergência, soube que o Frei Ameino realizou muitos estudos sobre a tiririca em diversas aplicações. Diante deste fato, busquei entrevistá-lo para saber mais, já que esta planta é abundante em todos os solos, aliás conhecida como verdadeira praga.

Minha principal questão era: E se ela servir como alimento? Em tempos de emergência será de ENORME ajuda. Mas, não consegui entrevistá-lo ainda, contudo fiquei sabendo que todos os seus estudos foram focados nas batatas desta planta tão 'daninha', que resiste, através destas batatinhas-neurônios, abandonar os solos onde surgem e decidem eternamente ficar.

E, outra parte da resposta encontrei no livro As Ervas Comestíveis, escrito por Cida Zurlo e Mitzi Brandão, professoras e pesquisadoras de espécies do reino vegetal. Vejamos:

TIRIRICA - Nome científico: Cyperus esculemus L.; família Cyperaceae.

Nomes populares:

  • No Brasil, amêndoa-da-terra, capim-coco, chufa, junca, juniquilho, juniquinha-mansa, tiririca, tiririca-da-batata;
  • Na Espanha, chufa, juncea avellanada;
  • Na Inglaterra, chufa, earlh almond;
  • Na Alemanha, Erdmandel.

Erva de caule triangulado, medindo até 50-60 cm de altura. As folhas são verde-claras, alongadas, estreitas, aplanadas, com bainhas claras e bordas ásperas. Suas flores são minúsculas, de coloração amarelada, aglomeradas no ápice dos ramos. Possui raízes densas, que terminam em tubérculos ovalados, pardos, de superfície rugosa, medindo de 1 a 2 cm de comprimento por 1 cm de largura. Sua composição química: 28% de óleo, 29% de amido e 14% de sacarose. O restante é constituído por go­mas e substâncias diversas. Portanto, trata-se de uma "daninha" extremamente nutritiva.

Seus pequenos tubérculos (batatinhas) conferem alto poder regenerativo
e riqueza em fitormônios, sendo usado inclusive na produção
de mudas de outras plantas por estaqueamento.

Oriunda da região mediterrânea, onde crescia em lugares úmidos e pantanosos, tornou-se uma planta "daninha" cosmopolita. É famosa pela velocidade com que invade terras cultivadas.

Em certas regiões da Alemanha, a tiririca é utilizada no pre­paro de sobremesas. Na Hungria, seus grãos substituem o café.

Na Espanha, entra na fabricação de uma bebida chamada horchata de chufa que nada mais é que um suco dos tubérculos (frescos ou secos) batido com água, coado e adoçado com mel.


Chufas secas são levemente doces e sabor amendoado!

Horchata de Chufa - Receita Valenciana

Ingredientes:
  • Canela a gosto

1) Horchata é uma bebida refrescante bem conhecido na Espanha e, especialmente, em regiões como Valência. No entanto, nem todo mundo sabe do que é feita a horchata original ou não sabe de onde vem o ingrediente estrela: a chufa . E, embora possa parecer uma fruta seca, a verdade é que é um tubérculo que possui um grande número de propriedades benéficas para a saúde. É precisamente o "chufa de Valência" que tem uma denominação de origem e um conselho regulador responsável por garantir a qualidade dessa fruta que chegou à Huerta de Valencia pelas mãos dos egípcios.

2) Ao preparar a horchata caseira, a primeira coisa a fazer é hidratar esse tubérculo, pois no mercado você pode encontrá-lo desidratado; então, você terá que colocar os chufas de molho em uma tigela grande o suficiente por pelo menos 24 horas e trocar a água. Além disso, se você tiver tempo suficiente, será aconselhável deixá-los em até 48 horas para serem completamente hidratados.

3) Após esse período, remova completamente a água onde você embebeu os chufas e coloque-os no liquidificador ou copo de liquidificador, juntamente com um pouco da água na lista de ingredientes, reserve o restante. Vá esmagando tudo para obter o que é chamado de 'leite chufa' que deve ter uma aparência pastosa. Se perceber que falta água, pode adicionar um pouco mais para obter a mistura.
4) O próximo passo na preparação caseira de horchata será passar por um coador de voil (PF1). Se formará um tipo de massa que você deve pressionar com insistência e paciência para filtrá-la completamente.
5) No momento em que você não pode mais espremer mais líquido das chufas adicionar a água restante. Por fim, adicione o melado e mexa bem, para que ele se dissolva completamente na horchata.
6) Coloque na geladeira por algumas horas para servi-la gelada.
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A tiririca pode também ser con­sumida como fruta seca. Seus tubérculos possuem uma consistên­cia de massa açucarada, delicada, cujo sabor lembra o da amên­doa. Podem ser consumidos frescos, secos ou torrados. Os egíp­cios da dinastia 21 degustavam-nos crus ou torrados, como ape­ritivos.

 

Seguindo na pesquisa, na Wilkipédia temos:

Cyperus rotundus, mais conhecida como tiririca, ou junça, é uma planta pequena, de rápido desenvolvimento, pertencente à família Cyperaceae, e ao gênero Cyperus. Produz pequenos tubérculos de alto poder regenerativo (um único tubérculo cortado pode dar origem a várias plantas) ricos em fitormônios, sendo usado inclusive na produção de mudas de outras plantas por estaqueamento. É uma erva daninha de difícil controle no campo, quer seja por controle mecânico (capinas) ou mesmo por herbicidas.

A origem do nome rotundus vem do adjetivo latino que significa "redondo",
numa alusão aos tubérculos arredondados que se formam no solo.
"Tiririca" originou-se do termo tupi tiri'rika, gerúndio de tiri'ri,
"arrastar-se", numa alusão ao comportamento da planta sobre o solo.

E no site Plantas que curam, onde não indicam o uso em sucos verdes, mas vários usos da farmacopeia Hindu e Chinesa encontramos:

Propriedades medicinais: balsâmica, diaforética, estimulante, adstringente, vermífuga, antiblenorrágica, anti-inflamatória, fortificante, antidiarreica, emenagoga, antidispéptica, antisifilítica, afrodisíaca, infecções urinária, inflamação.

Indicações: infecção urinária, inflamação, dores abdominais, dismenorreia, gastralgia, dispepsia, náusea, vômitos.

Uso pediátrico: As mesmas indicações possíveis

Uso na gestação e na lactação: contraindicada, por seus efeitos emenagogos. Contra indicação: Gravidez.

Farmacologia: A planta tem sido estudada por pesquisadores indianos e suas indicações foram comprovadas em estudos laboratoriais.

Modo de usar: 8 a 12 g/dia, na forma de decocção, em tintura, pó ou em pílulas. OU SUCOS VERDES SELVAGENS!!!

Posologia: A pasta das batatas da tiririca aplicada sobre as têmporas e demais regiões doloridas é analgésica; A mesma pasta é usada em afecções da pele; O decoto das batatas, 50 g frescas ou 30 g secas, para cada litro de água, para banho nos pruridos da vagina e da vulva; O decoto de 10 g de batatas frescas ou 5 g de batatas secas, geralmente associadas a outras medicinais como gengibre e cravos, mel, para asma e de mais afecções respiratórias; O infuso da planta inteira ou cápsulas da planta inteira em pó são vermífugos.

O Suco Verde ficou bem escuro, porém delicioso. 
Ingredientes: Pepino, Cenoura, Abacaxi com casca, Gengibre, Folhas de Penicilina, 
Menta, Trapoeraba, Tiririca e Mentrasto. Tudo do quintal!!!


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* Conceição Trucom
 (Instagram: @conceicaotrucom) é química, pesquisadora, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida. Possui 10 livros publicados, entre eles O Poder de Cura do Limão (Editora Planeta), com meio milhão de cópias vendidas, Mente e Cérebro Poderosos (Pensamento-Cultrix) e Alimentação Desintoxicante (Editora Planeta).

Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações e citadas a autora e a fonte: www.docelimao.com.br

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