Consumo Consciente
Dieta à base de plantas pode prevenir declínio cognitivo
Por Ana Sandoiu - Medical News Today
Revisão - Jasmin Colier em 18.11.2019
Tradução especial para Doce Limão: Professional Translations
Novas pesquisas constatam que seguir uma dieta rica em alimentos à base de plantas e pobre em produtos animais durante a meia-idade está associado a um risco significativamente menor de comprometimento cognitivo mais tarde na vida.
Segundo as últimas estimativas das Nações Unidas, atualmente existem 137 milhões de pessoas com mais de 80 anos em todo o mundo. Os especialistas esperam que em condições normais, esse número triplique até 2050, chegando a 425 milhões.
O número de pessoas com doença de Alzheimer e outras formas de demência também está aumentando. De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), apenas nos Estados Unidos, atualmente existem 5 milhões de adultos vivendo com Alzheimer. Esse número também deve triplicar nas próximas décadas.
N.T. Estima-se que no Brasil 1 milhão e 200 mil pessoas sofrem desta doença.
À medida que a população continua envelhecendo, está se tornando cada vez mais importante ser capaz de identificar fatores de risco modificáveis para condições como a doença de Alzheimer, bem como quaisquer mudanças no estilo de vida que possam impedir que se desenvolvam condições neurodegenerativas como essa.
Novas pesquisas apontam a nutrição como um desses fatores
A ingestão de uma dieta rica em frutas, legumes e grãos integrais e pobres em produtos de origem animal, como carne e laticínios, reduz o risco de declínio cognitivo mais tarde na vida, sugere o novo estudo.
Koh Woon Puay, professor da Faculdade de Saúde Pública Saw Swee Hock da Universidade Nacional de Cingapura (NUS) e da Faculdade de Medicina Duke-NUS, é o principal investigador do estudo. Os resultados da equipe aparecem no American Journal of Clinical Nutrition.
Estudo sobre dietas e saúde cognitiva
O professor Puay e colegas examinaram os dados disponíveis no Singapore Chinese Health Study, um estudo de corte populacional de 63.257 chineses que vivem em Cingapura. Como parte deste estudo, inicialmente adultos de idade entre 45 e 74 anos forneceram informações durante entrevistas pessoais considerando os seguintes fatores: dieta habitual, tabagismo, consumo de álcool, atividade física, duração do sono, altura, peso e histórico médico.
A linha de base foi definida entre abril de 1993 e dezembro de 1998. Os pesquisadores entrevistaram os participantes novamente durante três visitas de acompanhamento, até o ano 2016.
O professor Puay e seus colegas usaram esses dados iniciais para selecionar informações sobre 16.948 pessoas com idade média de 53 anos na linha de base. Esses participantes concluíram as avaliações da função cognitiva durante a terceira visita de acompanhamento, em 2014–2016.
Para avaliar os hábitos alimentares dos participantes, os pesquisadores usaram cinco padrões alimentares:
- Dieta alternativa do Mediterrâneo (versão aprimorada da dieta do Mediterrâneo)
- Dieta de abordagens dietéticas para o controle da hipertensão (DASH)
- Índice Alternativo de Alimentação Saudável
- Índice de dieta à base de plantas
- Índice saudável de dieta à base de plantas
Todas estas dietas têm uma ênfase semelhante em alimentos à base de plantas. Os dois últimos índices atribuem pontuações positivas à ingestão de alimentos à base de plantas e invertem as pontuações quando há diminuição de alimentos saudáveis ou vegetais.
Até 33% menor risco de declínio cognitivo
No período 2014–2016, 2.443 dos participantes (14,4%) apresentaram comprometimento cognitivo.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas de meia-idade que aderiram fortemente aos cinco padrões alimentares descritos acima mostraram menos probabilidade de desenvolver comprometimento cognitivo.
Especificamente, aqueles participantes cujas dietas os pesquisadores consideraram mais próximas dos cinco padrões alimentares tiveram 18 a 33% menos chances de desenvolver comprometimento cognitivo do que aqueles com dietas menos semelhantes.
O professor Puay comenta a importância das descobertas da pesquisa existente. Ela diz: "Estudos anteriores realizados com populações asiáticas mostraram resultados variados referente estudos da dieta e o risco de comprometimento cognitivo".
"Nosso estudo sugere que a manutenção de um padrão alimentar saudável é importante para a prevenção do surgimento do comprometimento cognitivo".
“Esse padrão”, ela acrescenta, “não é sobre a restrição de um único item alimentar, mas a composição de um hábito geral que recomenda reduzir as carnes vermelhas, especialmente se forem processadas, e incluir muitos alimentos à base de plantas: legumes, frutas, nozes, feijões, grãos integrais e peixe.
Assista a seguir A cura pela alimentação vegetal natural, um documentário criado por Eduardo Corassa, nutricionista clínico e crudívoro há 14 anos, que divulga o trabalho de vários profissionais que defendem uma dieta vegana cozida, ou crua, para saúde do ser humano e da humanidade.
Uma alimentação plantbased, é vista na atualidade como a forma científica mais comprovada de proteção de doenças crônicas. Decidido a se curar de forma natural? Assista AGORA!
Elenco: Arlindo Fiorentin
Anne Sophie Bertrand
Conceiçao Trucom
Alberto Peribanez Gonzalez
Daniel Francisco de Assis
Malu Paes Leme
George Guimaraes
Astrid Pfeiffer
Eric Slywitch
Edição: David Obadia
Produção: Eduardo Corassa
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* Conceição Trucom (Instagram: @conceicaotrucom) é química, pesquisadora, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida. Possui 10 livros publicados, entre eles O Poder de Cura do Limão (Editora Planeta), com meio milhão de cópias vendidas, Mente e Cérebro Poderosos (Pensamento-Cultrix) e Alimentação Desintoxicante (Editora Planeta).
Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações e citadas a autora e a fonte: www.docelimao.com.br
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