Conceição Trucom
Este curso nasceu no momento que participei deste Documentário: A verdade sobre o Câncer realizado pela Jolivi (esta empresa encerrou suas atividades em 2023), onde palestraram 30 profissionais da saúde integrativa. Médicos, nutricionistas, biólogos e terapeutas.
O mágico é que podemos usar todos os ensinamentos, protocolos e depoimentos para todas as doenças. Principalmente as quem vêm crescendo em todo o planeta: as doenças metabólicas como diabetes, obesidade, disbioses (intestinal, bucal, cutânea…), osteopenias/osteoporoses, cardiovasculares, hepáticas e neurológicas.
O câncer é uma destas doenças modernas reconhecidas como doenças metabólicas, doenças crônicas… Portanto você pode escutar esta palestra pensando somente em saúde, em salutogênese (gênese da saúde)… E como fazer sua estratégia de digestão e transição.
Antes de irmos à minha palestra e depoimento sugiro que você anote estes 2 ‘sentimentos’ colocados em poesia, para ter fácil às mãos e coração:
Naquele tempo não conseguia ver a graça de Deus
manifestando-se naquilo que eu,
ignorante, quase pensava ser desgraça.
Jogaram uma pedra na tranquilidade do lago.
O lago comeu-a.
Sorriu ondulações e…
ficou novamente tranquilo.
Trechos de poemas do Professor Hermógenes
Acesse agora a transcrição desta minha palestra:
O ambiente ácido que atrai o câncer… E o ambiente alcalino que o inviabiliza!
“Uma forma de você inviabilizar qualquer doença no seu organismo é manter ele em condições mais alcalinizantes, e o limão é um grande aliado”
Além da ciência: mas também aliados com ela
Olá, eu sou Conceição Trucom. Sou química e cientista, formada pela UFRJ, no Rio de Janeiro, em 1977. Ou seja, tenho bastante chão de Ciência.
Também sou uma pensadora. Para mim, só a ciência não basta. Eu preciso ir atrás da história e das ciências antigas para cruzar informações. É o que o cientista faz, ele tem que ser investigativo. Por isso, em minha profissão, decidi ser pesquisadora e é isso que faço com a alimentação.
Quando as pessoas gostam das receitas que desenvolvo e customizo, eu informo: é só a bandeirinha. Sempre digo que 90% de sua saúde é seu estilo de vida, que se adquire com conhecimento… e práticas. É preciso estudar, se aprofundar no tema. Depois: levanta da cadeira e faz!
Gosto muito de incentivar as pessoas a se interessarem por certos assuntos, como estilo de vida, saúde e alimentação.
Nessa viagem que é a minha vida, eu tinha um hobby.
Eu trabalhava como cientista em grandes laboratórios internacionais, sempre na área ecológica, sempre me defendendo um pouco dessas pesquisas e desses produtos muito malucos, mas eu tinha vontade de trabalhar com saúde, atividades físicas, conhecimento da mente.
Ficava pensando qual seria o futuro de cada um, o que eu tinha vindo fazer aqui na Terra…
E levava um pouco para a cozinha todas essas investigações e questionamentos. Também pensava em meditação e foi aluna assídua de muitos cursos. Acabei estudando medicina hindu ayurvédica que, na minha opinião, é a mais antiga do planeta.
Depois, veio a medicina tradicional chinesa (MTC), que acredito ter sido uma dissidência do hindu ayurvédica, mas com muitas otimizações, aberturas e expansões.
As duas se complementam muito. Gosto muito delas porque são empíricas, são “observacionistas” e multifatoriais.
Sou uma estudiosa insaciável. Estudo, por exemplo, a Terapia do Riso. Muito ligada à neurociência e ao entendimento das dinâmicas e estratégias do cérebro. Interligadas, estudo muito – e pratico – a ginástica cerebral. Tudo para entender os mistérios do cérebro.
E depois, eu fui lá para os 10% humanos — você entende melhor todas essas dinâmicas de sermos só 10% humanos e 90% das nossas células serem formadas de micro-organismos. E aqui chegamos ao nosso Segundo cérebro: os intestinos.
Tudo isso gera muitas informações que eu adoro compartilhar.
Por isso já são 10 livros e em breve serão mais livros.
É claro que, nesse percurso, não podemos parar de falar de doenças. O foco, o investimento é para mostrar a “bandeirinha” para as pessoas. Vamos fazer escolhas. Vamos saber mais sobre como ter a salutogênese, que é a gênese da saúde.
Vamos fazer tudo que precisamos para acessar e viver essa saúde “top” na nossa vida. Isso tem a ver com do nosso estilo de vida.
A medicina hindu está voltada para isso, para a salutogênese, para a expansão da consciência, para que você expanda sua espiritualidade. Mas não podemos nos esquecer de que estamos na terceira dimensão, temos um corpo que está encarnado, que vem com uma genética dos nossos ancestrais.
Também há todo o histórico do meio ambiente que nos cerca. Por isso, aqui, na Terra, as doenças são inevitáveis.
Podemos entrar na salutogênese, mas e quando a doença chega? Ou quando é possível que ela chegue? Como lidar com isso?
Aqui neste encontro vou falar um pouquinho sobre a questão do câncer.
Muitas pessoas têm medo de falar a esta palavra: usam “CA”… “aquela”…
E vou compartilhar o que eu sinto quando me falam dessa doença.
E muitos me abordam para falar sobre ela. Pessoas doentes, pessoas com familiares doentes, pessoas muito amadas e muito queridas que estão com câncer. É muito comum me abordarem pedindo ajuda.
Mas, antes, vou falar o que eu sinto.
Eu, como pessoa, que também estou aqui encarnada, tenho um corpo físico, que também está exposta a todos os problemas do mundo moderno: metais pesados, poluição, água poluída, e muita criminalidade. Pensamentos ruins, eventos ruins, notícias ruins!
Tudo isso mexe com o nosso sistema imune.
Quando penso nisso, também penso que é muito legal estar nessa profissão.
Meu hobby era estudar sobre a China antiga. Agora faz vinte anos que esse hobby virou o que eu faço. Escrevo, tenho portal, estou com a Jolivi, cercada de médicos integrativos…
Então deu certo.
Mas, como humana, o que eu sinto quando ouço, ou penso na possibilidade do cancer?
Penso que estou no lugar certo… Porque essa profissão me salva.
Para ser coerente, para poder ajudar as pessoas, para poder continuar estudando e poder garimpar saídas e luzes, eu acabo sendo a primeira beneficiada.
Então eu falo: “Ai, que delícia! Que bom!”.
O câncer não me assusta porque eu converso com ele.
Não só com ele, mas com outras doenças, como diabetes, que é outra doença do século.
Por isso, o câncer não me assusta, ele só me fortalece porque tenho que ser uma pessoa muito coerente em relação ao que falo, ao que estudo e o que faço.
As pessoas que acesso, pessoas bacanas, as clínicas, os livros… tudo isso me fortalece e me faz uma pessoa mais linkada com todo mundo: com os conhecimentos, com as experiências de vida.
Então, nesse sentido, o câncer me faz bem.
Mas as pessoas que me abordam chegam muito assustadas, com medo e até pânico.
O medo é legal porque você se enche de coragem e lida com ele. Você digere o medo e o transforma em conquista. Mas o pânico te paralisa, te engessa, te emburrece.
A maioria das pessoas chega completamente perdida, eu digo que elas perderam o “GPS” e, muitas vezes, vêm atropelando o parente ou amigo que ama e que está com câncer.
Primeiro de tudo, você não pode atropelar o seu pai, seu filho, sua mãe porque os está querendo curar.
Nesse momento, a doença é o mestre dessa pessoa e dessa família. Mas, primeiro, da pessoa que está com câncer.
Então, a primeira coisa que eu falo é: “Por favor, vamos parar, vamos aquietar porque você não vai ajudar a ninguém e muito menos a você se não sair desse pânico”.
E aí, temos que entrar nesses caminhos de, não diria esperança, mas de assertividade. A esperança é você lidar com uma coisa sobre a qual você ora e fica esperando.
Assertividade é você fazer uma logística, buscar todos os caminhos possíveis, conversar com todos esses caminhos, ver quais são coerentes e batem com seu coração. E, assim, você vai construindo uma experiência.
O próprio paciente, o próprio doente, a família envolvida, a equipe médica que está cuidando dele.
Não é para entrar no pânico.
Essa é a pior coisa, mas é assim que as pessoas chegam.
Isso é muito importante para o profissional da saúde ou para os que me pedem ajuda: é preciso ter muita serenidade.
E falo: “espera aí, todo mundo desencarna. Ninguém fica para semente”.
Então, vamos começar por aqui. Eu posso estar atravessando a rua e ser atropelada.
Começamos com uma realidade meio dura,
mas ao mesmo tempo humilde.
Assim, a pessoa já começa a serenar, e eu recomendo muita leitura para que a ela tenha mais tempo para riscar, tarjar, transcrever e ler as entrelinhas. E já aprender algumas orientações do que não fazer.
Não só no caso da doença. Mas no caso de uma mudança pessoal e de uma relação. Eu gosto que a pessoa se proponha a listar o que não fazer.
Começa pelo não. Quando você começa pelo não, você já limpa o terreno.
O não é mais fácil. Como não consumir açúcar, que é uma informação óbvia, sobre a qual todo mundo fala.
O brasileiro tem muito medo do câncer porque é muito viciado em açúcar. É uma das populações que mais consome açúcar no planeta. Todos os programas de receita de sucesso, são aqueles que são “chafurdados” de açúcar.
Então esse medo está ligado com saber que faz mal, mas não conseguir cortar isso da sua vida.
E é muito bacana porque a doçura da vida, segundo as medicinas hindu ayurvédia e tradicional chinesa não depende do doce.
O fígado, o maior órgão interno do ser humano, é o último lugar para chegar na misericórdia, no coração e na compaixão. É um órgão que armazena não-virtudes. É o órgão da ruminância, do procrastinar (antônimo da espiritualidade). Tanto que é nele fica a gordura. O fígado gordo.
Conclusão, essas medicinas antigas ensinam que para você chegar no coração de uma forma mais assertiva, mais coerente e mais persistente:
Você precisa passar por esse órgão.
Desintoxicar este sistema hepático!
Menos patina, mais engatinhar, ficar de pé
e avançar à doçura do coração.
E aí que está o barato. Se você não se compromete, se não sai dessa patinação, não vai chegar no coração. Ou chega mas de forma intermitente, sem intensidade ou assertividade. Então é muito importante a pessoa listar pelo menos três coisas que não vai fazer mais.
Daí os “sim” vão aparecer pela própria desintoxicação, que é essa saída, essa limpeza da gaveta, do armário e da vida que vai trazendo uma clareza desse “sim”.
E o próprio tirar vai te desintoxicando, e você vai começar a funcionar com mais potência de imunidade, de defesa, de lucidez, de firmeza.
Então, são caminhos que proponho bem no início. Acho legal quando o paciente chega e ele já recebe essas informações. Mas quando vem a família, eu proponho que o paciente esteja junto.
No entanto, eu acho que a família inteira se transforma.
Por isso eu digo que a doença é o mestre que pode transformar o dono da doença, mas também o carma familiar. É isso que eu penso. O câncer não é algo assustador.
Há coisas mais graves que o câncer, mais incuráveis que o câncer. Mas os brasileiros precisam sair desse lugar de pânico e ir para um lugar de mais conhecimento. De mais comunicação com outros seres, com outras propostas de tratamento, de outros lugares que possam os amparar nessa saída do pânico e chegar no caminho da salutogênese, ou seja, no caminho da cura.
E essa cura sempre vai reverberar, e você acaba por se transformer em um curador também. Por isso, muitas pessoas que tiveram câncer escrevem livros. Porque é muito engrandecedor você contar sua experiência de superação.
Mas acho que isso precisa se ampliar, precisa crescer. Ainda estamos com índices de pânico muito altos. Até porque a doença cresce. Ela cresce porque não existe uma educação.
E acho que, na era da comunicação, tem muita comunicação que é fake, distorcida e tendenciosa. E nós precisamos ampliar esse caminho da comunicação mais precisa, mais ética, mais assertiva e mais confiável.
E é muito curioso porque tanto o câncer, como a diabetes e obesidade estão à nossa volta.
O câncer está em todos. Todos nós temos células mutantes habitando em nós.
Tudo prontinho para virar um tumor que cresce, multiplica e vira câncer. A questão é se a sua imunidade está preparada para não deixar essas células se multiplicarem e crescerem a ponto de serem invasoras e destrutivas.
Penso que uma das primeiras lições de uma doença crônica como essa causa é que você é obrigado a parar em um mundo onde as pessoas estão altamente aceleradas.
É muito louco porque tenho amigo que fala: “o rio continua correndo na mesma velocidade, na direção dele. A maçã dá no tempo certo que está proposto, tudo na natureza tem o seu ritmo.”
A menos que o homem faça uma interferência muito grande: a natureza não se perde no tempo, nos ciclos, nas estações.
Então, quem está no tempo errado somos nós.
A primeira coisa que percebo é que as pessoas precisam parar. No começo há uma relutância. Tenho isso, tenho aquilo… Mas, aos poucos, é como se estivessem sendo domadas. E essa energia vai entrando em um lugar de pacificação.
Quanto mais rápido esse processo de pacificação, de entrar na paz, de conversar com seu corpo, de ver quais são realmente as prioridades das relações: com o corpo, com a saúde, com a doença, com as pessoas, com a profissão…
Quanto maior for essa entrega, esse desacelerar, mais rápido a doença regride.
Uma frase que me incomodava muito no começo, mas que hoje todo mundo fala é: “como é que eu faço para me LIVRAR dessa doença?” Quando eu ouvia isso, sentia uma facada no coração. Porque pensava que impossível ajudar quem deseja livrar de uma coisa, de uma doença. Não tem como.
Não é se livrar porque, como a doença é um mestre, ela é um amigo seu que tem coisas importantíssimas para ensinar você. A rever e transformar os atropelos e o que está acontecendo.
Então, vamos parar com essa palavra. A semântica é muito importante. A neurolinguística é muito importante. Vamos falar: “como vou investir, como vou melhorar a comunicação com tudo isso que está acontecendo no meu corpo?”
Muitas vezes o câncer está no pulmão, mas é o corpo inteiro que está sofrendo, tudo está integralmente passando por um colapso.
A família pode ajudar de muitas formas, mas o doente precisa entrar nessa entrega. Nesse desmontar. E conforme isso vai acontecendo, alguma coisa se integra dentro do ser. E o sistema imunológico realmente começa a ter mais potência, e o holístico do processo começa a fluir, a circular.
É como falo para as pessoas “quanto mais rápido”…
E algumas respondem: “Ah, mas eu não consigo ir rápido!”
E respondo: é um processo que você precisa de ajudas, com várias abordagens.
O caminho é esse: o desmontar.
É digerir também. Digerir é quebrar para lidar com peças menores. Ver o aproveitamento, o que joga fora, o que passa bola… É um processo de digestão, com certeza. Digerir não é só alimento. É um desafio.
Vamos motivar? Ao invés de propor “você consegue desmontar?”, eu falo “vamos digerir? Vamos ativar a nossa digestão?” É o princípio básico da medicina hindu ayurvédica.
Tudo na medicina ayurvédica tem como proposta, nesse corpo físico, aumentar o fogo da digestão. Melhorar a digestão. Não perder tempo e não desperdiçar a digestão.
Então explico que a digestão vai muito além do alimento, e o que se pode fazer junto com alimento para melhorar a digestão. Nisso, as medicinas tradicional chinesa e hindu ayurvédica são muito boas.
Mas temos que customizar. Pensar no momento atual e em que alimentos tenho ofertados onde moro. Então essa coisa de dizer “ai, eu preciso consumir pó de graviola”. Esquece.
A graviola precisa ser da floresta amazônica. Porque ela precisa passar muitas dificuldades de luz, de água, de excessos e carências para ter os fitonutrientes que vão ajudar nessa cura do câncer.
E, quando veio a moda, todo mundo começou a cultivar graviola. E a graviola de plantio não tem esses fitonutrientes porque não passa pelas adversidades da floresta. Então vamos cair para realidade. Vamos sair dessa varinha do condão? De pílula que vem não sei da onde?
Eu sei. Tem casos que é preciso usar, que você realmente tem que sair da zona de risco, por isso que não quero extrapolar e generalizar. Então tome cuidado com o que estou falando, escute bem. Não vamos generalizar.
Mas, mesmo que você tenha um profissional da saúde que te indica alguma coisa, um injetável que venha de fora, que já tem indicações de que é bom. Não sou contra.
Isso vai te tirar da zona de risco e catalizar o processo.
Mas, em paralelo, você precisa mudar seu estilo de vida. E, nesse estilo de vida, está o desmontar.
“Ai, não consumo orgânico porque não minha cidade não tem”. Pera aí. Vamos parar. Vamos procurar. Na sua cidade tem. É só você desmontar que vai encontrar.
“Ai, é muito caro”. Calma. Desmonta. Você vai encontrar doação, vai encontrar escambo, vai encontrar cooperativas.
É por isso que as pessoas saem muito crescidas, porque conseguiram criar redes de troca, de amparo, de terapias. É muito rico.
Você se sente muito maior. É como se todos os seus cognitivos passassem por uma ampliação exponencial. Então você começa a enxergar melhor, a escutar melhor, a palatar melhor, a olfatar melhor.
Isso são sinais de que seu organismo realmente está melhor.
Os cognitivos não existem à toa. São sinalizadores de muito do que acontece internamente. Lógico que é para você estar mais presente. Por exemplo: quando você enxerga melhor, pode ter certeza de que seu sistema hepático está melhor.
Quando você olfata melhor, seu sistema respiratório está agradecendo. Você está palatando melhor? Pode ter Certeza que você está digerindo melhor e o intestino está muito feliz.
Então, esses cognitivos que se ampliam te fazem uma pessoa mais viva, mais presente. Um termômetro de que internamente os órgão e sistemas estão realmente passando por um processo de transformação muito lindo e muito salutogênico.
A alimentação anticâncer
Existe todo um trabalho da nutrição funcional. Foi moda no começo, hoje está ficando mais humanizada. No começo era só cápsula. Hoje a situação está mais humanizada.
Sinto que houve uma evolução. Mas, dentro da nutrição, existe muito essa coisa de “beterraba tem isso, isso e isso, faz bem para isso. Cenoura tem isso, isso e isso, faz bem para isso”. E as pessoas que escutam isso pensam: “ah, vou comer muita cenoura. “Ah, vou comer muita beterraba.
E o meu verbo é muito diferente. O meu verbo é, na verdade, futuro do planeta: precisamos regenerar esse pensamento. O que tem no meu cinturão verde agora? Ou daqui a três meses, seis meses? Estou vivendo nesse lugar, então meu cinturão verde está ali o tempo todo.
E, ter como cúmplices os produtores da minha região, principalmente bioéticos e, de vez em quando, vou me comunicar com eles, ir visitá-los e comprar as coisas que eles têm. Ou realizar trocas (escambos). É uma relação do futuro que já está acontecendo.
E o que tem no seu bioma? O que tem à sua volta? Esses alimentos são os mais poderosos.
Não adianta querer alface quando não está na época da alface. A alface que não está na época da colheita, está cheia de agrotóxico. Não é o momento dela.
Esse conhecimento do que o reino vegetal à sua volta está ofertando de forma próspera e abundante é o seu superalimento. Seu superfood.
Tem coisas que você pode saber e não depende de onde você mora. São três regrinhas que ensino.
Primeiro, sobre açúcar e refinados: tudo que é refinado perdeu a alquimia. Açúcar, farinhas… tudo que é muito refinado (isolado) não faz bem à saúde. Até os óleos.
É o alquímico que faz bem. Por exemplo, em vez de óleo de coco, eu prefiro a manteiga de coco. É lógico que é proibitiva. Nem todo mundo tem. Mas eu posso fazer em casa.
É o primeiro “tripé”. Açúcar e refinados acidificam o organismo.
Existe um discurso muito antigo de que o câncer gosta de ambientes ácidos e pouco oxigênio. Pouco oxigênio é antítese da vida porque, sem o oxigênio, não vivemos.
O tumor não gosta de oxigênio. E ele gosta de ambientes ácidos. Por isso, todo alimento acidificante é bom para câncer. Não é bom para você. Ambientes ácidos não gostam de oxigênio.
E, normalmente, alimento acidificante causa candidíase, aumenta a formação de fungos. Toda doença tem muita probabilidade de fungo porque o sistema imune deprime.
Segundo: alimentos ultraprocessados. Alimentos com muita embalagem não são bacanas para ninguém.
E sempre falo: o câncer te coloca em um caminho que todo mundo tem que praticar.
Tudo que uma pessoa que tem câncer, tem histórico de família com câncer ou já se curou precisa fazer é o mesmo que todos precisam fazer: estilo de vida salutogênese.
Embalou, tem muito nome no rótulo, lembre-se do segundo tripé: não é para a gente. É a indústria da alimentação que está ligada à indústria da doença. Eles se alimentam um do outro.
Tudo bem. Eu gosto de um palito de fósforo, gosto de um tecido, mas na área da alimentação, se industrializou muito, você está ferrado. Tudo que é muito industrializado tem muitas moléculas sintéticas.
A indústria da alimentação se chama engenharia de alimentos. Especialista em criar moléculas para te colocar nessa zona de perigo. E isso é muito bizarre, muito criminoso eu diria.
E a terceira frase que gosto muito, do professor Murilo, muito citado na nutrição funcional é: quanto maior o shelf life, ou seja, quanto maior o tempo de prateleira, menor o seu shelf life.
E tudo está ligado porque os alimentos ultraprocessados têm mais shelf life. Estão superaditivados para aumentar o tempo de prateleira, de transporte e tudo mais.
Então esses três pontos, não importa onde você estiver, são válidos para remissão de qualquer doença. Seja ela crônica ou aguda. E ela vale para a salutogênese.
Tem uma outra questão que gosto muito que é da Teoria da Alimentação de Curta Distância. É você conhecer os agricultores locais, estudar em escolas que os filhos dos agricultores estudam também. Os alimentos de curta distância têm prosperidade e abundância embutida neles.
A doença trabalha na frequência da escassez.
E a salutogênese trabalha na prosperidade e na frequência da abundância. Tudo que você leva para escassez, te leva para doença. Estão no mesmo lugar, na mesma caixa. Tudo que você faça de prosperidade, de abundância e de regeneração está na salutogênese.
Quando compro do agricultor local, quando dou esse privilégio, essa conexão e comunicação com o meu produtor local, estou passando para ele a oportunidade de prosperidade e de abundância.
Então, solo, lençóis freáticos, insetos, fauna, família e a casa deles… tudo entra em abundância. Entra em abundância todo o meu ambiente, o meio ambiente. Essa é a abundância verdadeira.
Não adianta ter dinheiro para comprar água alcalina e aparelho X, saúde não se compra.
Saúde se conquista. E não depende de poder econômico.
Um dos segredos do meu sucesso é que estou falando com pessoas de todo nível social e cultura. Para mim, é ótimo dar palestras sentada no chão com pedacinho de eucatex e um giz…
E também posso dar palestras para 350 médicos no auditório da Fapesp de Botucatu. Ou para 1500 nutricionistas no Congresso Internacional de Nutrição. A questão é se você trabalha na abundância e se você se permite, não tenha medo: se prepara interagindo com os agentes da abundância.
Essa é uma doença cara, os médicos são caros, mas não tenha medo disso.
Se você estiver alinhado com abundância e com regeneração: vão surgir oportunidades e situações boas, como por exemplo, o médico mais caro do mundo te tratar sem cobrar.
É uma questão de frequência. É uma questão de sintonia. Então, não entre em pânico.
Já apareceu gente falando para mim “estou desempregado, posso fazer seu curso de graça?”.
E aí, eu falava: “tudo bem”. Você etiqueta os livros, tudo que estamos levando e ajuda na cozinha? A maioria não aceita. Porque a pessoa quer as coisas de graça e quer ficar sentadinha assistindo o curso. Mal sabe que estar nos bastidores se aprende muito mais, hehe!
Tem que fazer um escambo. Você pode se sentar, mas não será só isso. Eu trabalho para caramba. Todos da equipe trabalham muito. Então eu acho justo que você trabalhe também. E todo mundo ganha.
Isso faz parte da entrega, da reconstrução e da regeneração. Essa humildade e certeza de que você vai fazer escambo, vão ajudar você a trilhar seu caminho dentro da frequência da abundância.
Eu sei que é difícil. O ser humano, na terceira dimensão, vai mais rápido para a escassez.
O coletivo, a egrégora, não sei em outros países, alguns países nem tanto, mas aqui no Brasil a nossa egrégora é pela escassez. As pessoas raciocinam e funcionam, dão e recebem nesse contexto.
E quando você pára de ficar nesse pensamento, nessa egrégora, as doenças não fazem mais sentido. Tudo que te cerca mudou a frequência. Por isso, você vai vibrar em outra frequência. Mesmo que a doença fique ali, encapsulada.
Mesmo que você não siga um estilo de vida tão perfeito, mas a mudança na frequência vai te amparar.
Eu lembro de uma senhora bastante abastada que, quando começou a viver essa história de suco desintoxicante e sucos verdes, comprou omega juicer, contratou um delivery de orgânicos X, Y e Z e pagou a funcionária para fazer curso conosco. Tudo over: Super, mega, blaster.
Mas ela tomava esse suco brigando com o marido. Maltratando a secretária, se alterando. O suco está lá. Tudo de bom está lá. Só que você não acessou a 89 FM.
Então é a frequência. Eu acho o planeta Terra a coisa mais incrível. Apesar de ser a terceira dimensão, uma experiência densa e difícil, GAIA é linda.
É incrível. Você não sabe nada desse planeta. Como ela se regenera… animal, insetos, diversidade incrível. Mas, para você acessar tudo isso, precisa estar na frequência certa.
Aceitar que você não sabe tudo.
Para mim, ser cientista, ter pés no chão e reconhecer que realmente existem alimentos que servem mais para TRATAR determinadas doenças é muito bom.
Mas eles sozinhos não fazem milagre.
É o conjunto da obra. É o alimento, de onde ele vem, o preparo, a sua capacidade de assimilação. Eu gosto muito desta frase: Nutrir-se é uma coisa. Assimilar é outra.
Você pode, como essa senhora, buscar os melhores nutrientes, tudo de bom. Mas quanto você assimila é o que vai realmente consolidar aquela ideia que você comprou, mas que não soube receber.
O que posso SINTETIZAR?
1) “NÃO entre em pânico.” Pânico é o surto do medo. Medo surtado.
É um medo que tira a coragem, tira a ação.
2) Tirar os tripés. Se virar nos 30.
Eu sei que, no começo, a microbiota está errada. Quando você come alimentos ultraprocessados, você tem uma microbiota que te torna dependente.
É um processo. Não tem que se crucificar, se catequizar. Mas tem que ter consciência. Mudando a sua microbiota, os seus tesões, aquilo que te detona, te acidifica e te faz ficar mais doente vai diminuir.
O que acho lindo, tanto nos plantios, como em tudo na vida, é você respeitar o tempo da transição.
É uma transição. Aquele câncer não aconteceu do nada. Tem uma história, ainda que seja genética ou familiar. Sempre tem um conjunto de motivos pelo qual ele está ali.
E, assim, você pode até descobrir, tentar compreender seus motivos, mas você vai ter que passar por um processo de transição. E essa transição depende muito desse movimento que eu falei.
Até falo nas minhas palestras. Se eu recebesse 1 dólar para cada palavra “difícil” que ouço, estaria mais rica que Bill Gates.
Depois que eu falei isso, as pessoas pararam porque elas não querem me enriquecer. Olha só. Esse é o discurso da escassez: é difícil, estou fechado, não quero aprender, tenho medo do novo. Tudo isso é ginástica neural, terapia do riso, uma dinâmica neurocientífica.
Quando você fala “vou investir”, “senti que meu coração aqueceu quando você falou isso”, “vou procurar fornecedores”, “vou ler”, “vou pesquisar no Google”… abriu! Ali você começa a fazer uma transição.
Aqueles links que mais deram vontade, eles vão expandindo, você vai criando essas redes, de pessoas e de conhecimento. É a transição. É esse o caminho.
O importante não é a chegada, mas o caminho.
Então a transição é muito linda. O relato das pessoas que se curam, inclusive o livro Curando o Incurável, da Beata Bishop (editora Heresis) é muito lindo porque esse caminho te faz muito forte. Muito crescido. Muito maior. E tem o meu livro: Alimentação Desintoxicante – editora Alaúde (mas breve será relançado pela editora Planeta).
O conhecimento fala que, se existe um organismo doente, é porque ele está intoxicado, acidificado. Você pode aprender a fazer queijo, mil coisas, mas, em paralelo, antes de mais nada, precisa criar caminhos de desintoxicação, canais potentes, assertivos e vetorizados de desintoxicação. Esse livro, esse conhecimento é muito importante.
Eu atendo em grupo. Faço uma imersão e ficamos cinco dias em um trabalho superlindo. Não importa se você está doente ou não. Eu acho que a regeneração e a salutogênese são uma história incrível para todos.
Quando atendia, falava: “primeiro, leia o livro.” Porque não há tempo para explicar tanta coisa, tanto conceito em uma consulta ou em um atendimento. Por mais que dure muitas horas. Com uma hora o paciente que já está dodói, não consegue mais assimilar.
Esse é um caminho muito importante, que é o da alimentação desintoxicante. Não é só suco verde. É uma transição, é muita informação, é um processo. Aí vem a química para explicar, mas também tem muita biologia.
Sempre falo: muitas pessoas afirmam que “eu tenho domínio do meu livre arbítrio, consigo fazer minhas escolhas”. Tem algumas coisas que você pode fazer, sim, com assertividade, com coerência, com presença. São coisas que podem mudar o resultado, mas tem coisas que você não muda.
Eu não vou mudar nunca a cor dos meus olhos. A minha estatura. Ou minha raça e cor branca nessa encarnação. Ou o fato de ser mulher. Posso até viver vários tons de cinza, mas eu nasci mulher e não mudo isso.
Então, a questão é que, na biologia, nós temos um organismo que funciona superbem, metabolicamente, em ambiente levemente alcalino.
Por exemplo, a farinha de trigo, principalmente a refinada, ela não tem pH ácido. Mas, quando você avalia a sua função metabólica, dentro do organismo: é acidificante.
Então, no metabolismo, que é uma lei biológica aqui da terceira dimensão, o organismo humano funciona — com exceção do estômago — em um pH levemente alcalino, que é neutro, pertinho do 7: entre 7,36 e 7,42.
Essa é uma condição em que o sistema imune funciona superbem. Todos os sistemas funcionam superbem. E mais do que isso, eles se integram, se comunicam muito bem.
E falando de sistema imune, nessas condições levemente alcalinas, o organismo está mineralizado. Por quê? Porque os sais orgânicos, seja um citrato ou um malato, são levemente alcalinos.
Tem médicos que falam que o organismo tem sua “tamponagem”, mas para ele voltar para essa condição que te salva, que não te deixa morrer, ele gasta muita energia.
Então, tudo bem. O organismo sempre vai tentar, de todas as formas, chegar no 7,36 e 7,42. Só que com quanto esforço? É isso que os médicos convencionais não entendem.
Eu posso ajudar meu organismo a estar sempre mineralizado. E com esse pH ideal para tudo funcionar de forma ideal. Ou eu fico jogando um monte de serragem no fogo.
Então, nessas condições, o sistema imune lida muito bem com a situação por causa das bactérias, dos fungos e dos vírus que chegam. Eles serão mais DO BEM porque estão no ambiente alcalino.
Os que não gostam da “saúde” vivem em ambiente mais ácido. Por exemplo, os fungos. Então, todo câncer tem pH ácido que varia de acordo com a gravidade do câncer.
O câncer mais terminal é muito ácido.
Pelo pH, você pode ter uma noção do quanto esse câncer está tomando conta do pedaço. Ambientes ácidos favorecem a invasão, ou seja, fragilizam o corpo.
Você tem um sistema imune legal, mas todo dia você o ataca. “N” vezes por dia. É como jogar tênis todo dia, oito horas, dez horas, doze horas, isso vai causar uma lesão.
O sistema imune é muito bacana, mas como tudo na vida, você não pode exagerar porque chega uma hora que todo mundo entra em estresse.
Um ambiente ácido é um ambiente que vai viabilizar a invasão, a proliferação, de muitos micro-organismos que, além de serem nefastos, produzem toxinas e micotoxinas que vão piorar ainda mais a situação.
Ou seja, vão transformar a sua microbiota, em vez de ser do bem, ela será do mal.
O que acho mais importante aqui é: quando está falando de pH levemente alcalino, você está falando de um fenômeno incrível, pelo qual sou apaixonada, que é a mineralização humana. Que o David Wolf tem um livro muito legal sobre isso. Está aqui no nosso curso em LISTAS, DICAS E PITACOS.
Ou seja, nós somos 65% água -> inorgânica. E 10% de “cinzas” quando somos cremados -> INORGÂNICO.
Somando somos 75% inorgânicos. A mineralização humana é fundamental porque ela faz toda a comunicação precisa de curta, de média e de longa distância do organismo. Se você quiser curar uma doença como câncer, se não quiser metástase, você tem que estar hidratado e mineralizado.
Eu digo que somos uma experiência ORGÂNICA. Seres inorgânicos vivendo uma experiência orgânica. Não sei se consegui ser clara.
Há alimentos que acidificam e há alimentos que alcalinizam.
O limão, por exemplo, é ácido. O pH do seu suco puro e fresco é 2,1. Ele sozinho, não faz tão bem, mas quando você acrescenta uma pitada de sal, você bate com uma folha verde ou uma fruta da estação, ou seja, quando bem acompanhado, vai combinar o ácido cítrico, o ácido málico e os minerais que estão ali na composição… Formando citratos e malatos de ferro, potássio, zinco, magnésio e assim por diante.
E já o toma e ele está te alcalinizando. O limão é um ajudante na assimilação. Eu tive uma pessoa muito importante, bem rica, que me seguiu.
Ela aceitou muito as minhas orientações. Ela trabalhava e a secretária dela fazia cubinhos de gelo de limão, de suco de limão, com salsinha, ou outra erva.
Como ela fazia quimioterapia, tinha muita indisposição. Ela ia lá e dava suquinho verde para ela e uma água alcalina com aquele cubinho de gelo, geladinho. Tinha limão, tinha sal e ervas (clorofila).
Então uma forma de você inviabilizar qualquer doença no seu organismo é manter ela em condições mais alcalinizantes. E o limão é um grande aliado porque, com esse teor de ácido cítrico que tem, ele é tão sagrado que consegue que você assimile mais do que qualquer outro alimento.
Plante brotos
O broto é um bebezinho do reino vegetal, e ele tem uma capacidade, uma vontade de viver que supera muitos alimentos. É muita energia. Você vê, é um bebê. Estão a avó, o tio e a babá, todos com pneu vazio e o bebê está lá cheio de energia. Bebê tem tanta energia que é impressionante.
Quando você consome os brotos, eles passam coisas para você. Primeiro, essa energia. Segundo, essa vontade de viver. E essa falta de medo.
Isso porque o bebezinho quer crescer, quer dar certo, quer aprender, quer respirar.
Então converso com os brotos, que para mim, são superalimentos. Melhor ainda se for você que o produz.
Aqui no Brasil, as PANC são marginalizadas, são chamadas de daninhas e de praga desde há 500 anos.
No Brasil, antes da colonização, não tinha couve. Não tinha alface. Não tinha escarola. Não tinha…
Então digo que elas são plantinhas de resistência e de superação. São plantas que nunca se deixaram arrasar. Elas nascem na sarjeta, na trinca do muro, no charco de lama, no monte de areia, em pilhas de entulho. Para mim é uma lição de vida e resistência.
Por mais que elas tenham sido marginalizadas florescerão.
E ainda são de uma certa forma. Tem muito agricultor que tira todos os inços… mas isso está mudando. Eu penso que para a alimentação, principalmente das pessoas que estão nesse processo de transição, que estão precisando de potência para fazer essa jornada da cura, as PANC são muito boas: são excelentes. Nem tanto pela quantidade, mas pela qualidade e vitalidade.
Eu acho que esse é um alimento muito necessário. Para o nosso momento de sociedade doente. E mais ainda para quem está literalmente com uma doença crônica, correndo riscos.
Para mim broto é PANC. Porque não é convencional consumir broto.
PANC são Plantas Alimentícias Não Convencionais.
Por exemplo, lá em Minas, se você falar “ora-pro-nobis” todo mundo sabe o que é. Quando você vem para São Paulo, Rio de Janeiro e para Sul do país, ninguém sabe. No Nordeste também ninguém sabe.
Assim, “ninguém” não. Hoje as pessoas têm mais conhecimento porque tem Globo Repórter. Mas ora-pro-nobis é uma PANC.
Não quer dizer que seja só isso. Mas, por exemplo, dente-de-leão, serralha, picão, picão preto, picão branco, peixinho, brotos, cambuquira do chuchu, do maracujá, da abóbora. Ninguém tem o hábito de comer o próprio talo do mamoeiro. Se você corta, vira palmito. Vira cocada.
As PANC são alimentos que você não tem o hábito de comer. Ou alimentos que realmente foram desqualificados como invasivos.
Ou, então, são partes de alimentos que você não reconhece como alimento. Você já comeu a cambuquira, a raiz ou a folha de chuchu? Então é bem abrangente.
Isso acontece por dois motivos muito fortes ou mais importantes. Primeiro, essas plantas são mais espontâneas, são plantas que nascem e os agricultores tiram pensando que são daninhas e invasivas.
Essas plantas, já tem estudos científicos comprovando, têm muito mais fitonutrientes porque precisam se defender, já que vivem diante de muita adversidade. Há necessidade de muita resistência. No charco, em entulhos, na cerca… Elas conseguem viver diante das incríveis adversidades. E, portanto, elas têm muito mais fitonutrientes.
É uma potência de nutrição acima daquelas plantas que são cultivadas e superprotegidas.
Esse é o ponto um. Sobre o ponto dois já falei um pouco. São plantas de extrema resistência e têm uma resiliência impressionante.
Aqui no Brasil, faz 500 anos que elas são desacreditadas mesmo. Hoje em dia nós sabemos que o povo antigo as comia para não passar fome. Então ficou com cara de “comida de quem passa fome”, mas hoje os chefs gourmet fazem pratos incríveis com elas.
Eu não acho que PANC sejam só para uma culinária sofisticada. Ao contrário, antes disso as PANC são para o dia a dia, para a nossa casa.
Mas para quem está na etapa de transição, ela representa isso: muitos fitonutrientes e uma energia, uma frequência de resistência e de superação.
O consumo de brotos não é convencional, com exceção do moyashi, que é da cultura japonesa em São Paulo, e em outros estados do Brasil. O moyashi é o broto de feijão. Mas, fora isso, não é convencional consumir broto.
Nós podemos fazer broto de uma infinidade de sementes. Começa pelo girassol, que é o meu preferido porque tem essa energia solar, essa energia de “saiu o sol, quero ir para vida, quero ficar mais nua, quero ir para praia, quero sair”.
O broto do girassol e sua semente trazem essa frequência que, para quem está dodói, é muito benéfica. Tem muito magnésio também.
Mas tem os brotos grama do trigo, do centeio e da cevada. Também há brotos das leguminosas, como grão de bico, lentilha, feijão azuqui e fradinho. Há uma infinidade de brotos.
Alguns eu indico mais para determinadas situações. Outros são genéricos. É só fazer e usar nas receitas.
Mas todos eles trazem essa informação, principalmente para quem os produz. Quanto mais próximo você estiver daquela produção, mais quanticamente você é beneficiado porque há uma comunicação muito rápida, muito precisa, do que você tem em excesso e do que te falta. E aquela planta te provoca isso.
Então, nas clínicas de cura, a pessoa que chega muito doente ganha broto da equipe de colaboradores que os produz.
Mas assim que a pessoa começa a ter mais autonomia, ela vai consumir o broto que ela mesma produzir… porque o melhor broto é aquele que você mesmo produz.
O girassol serve para te trazer essa vontade de viver, com essa vibração que o sol traz de querer sair, de querer socializar, de querer estar mais “desnudo” em todos os sentidos.
Eu amo girassol. E ele tem um gostinho bem suave de agrião. Dá uma picância que é bem legal. O fígado gosta da picância. É um sabor bom para o fígado.
Os outros de que eu gosto são de grama. Trigo-grama, cevada e centeio. Eu gosto muito deles porque, quando a pessoa está muito dodói, ela não consegue ser yang.
A pessoa está mais dependente, a vitalidade dela está baixa. E o trigo-grama é rígido. Ele é “empenadinho”. “Eu vou! Eu vou subir, eu vou crescer”.
Eu também gosto de alpiste porque tem muita gente dodói que não consegue se ajoelhar. Sabe? Fica ali, não consegue se ajoelhar.
E, como eu falei, todo e qualquer crescimento ou cura passa por uma entrega. Passa por uma humildade de perceber a vida como cúmplice. Não como uma forma bélica. O alpiste e a grama do broto do alpiste fazem isso. Eles caem.
Tem gente que faz artesanato, cabelo do bonequinho com broto de alpiste. Então alpiste é uma graminha, ela se dobra, mas é rígida. Então eu gosto de alpiste para aquelas pessoas dodóis ou que têm problema de joelho. Problema de flexibilização.
Mas tem gente que não levanta da cadeira.
Só fica ali. Então, trigo-grama. Pé na bunda, vamos lá. É bem yang o trigo-grama. E broto não é acidificante. Ele é sempre alcalinizante. Ele sempre tem muita clorofila, sempre tem muita energia prânica, solar. E ele é muito alcalinizante porque pega todos os minerais do solo e aquele caldo de clorofila está cheio de minerais, começando pelo magnésio.
O bom desse caminho é que você acaba criando uma rede de relacionamentos que depois você vai transbordar para outras pessoas que precisam de colo.
Mas é um momento de procurar todos os nossos amigos, todos os nossos fios dourados, porque é uma doença que precisa de sustentação, de informação de bom quilate. Isso as pessoas precisam pensar. Mas precisam pensar sempre.
O futuro do planeta é muito coletivo, mas no início precisamos de apoio e isso passa pelas doenças, para compra dos alimentos orgânicos e verdes, porque no início eles estão frágeis. De bengala mesmo.
Isso acontece muito no instituto Hipócrates.
Os pacientes chegam de bengala, com respirador artificial.
E com uma semana eles estão andando por conta própria.
Broto de trigo grama
Broto de alpiste
Broto de girassol
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* Conceição Trucom (Instagram: @conceicaotrucom) é química, pesquisadora, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida. Possui 10 livros publicados, entre eles O Poder de Cura do Limão (Editora Planeta), com meio milhão de cópias vendidas, Mente e Cérebro Poderosos (Pensamento-Cultrix) e Alimentação Desintoxicante (Editora Planeta).
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