Conceição Trucom e a convidada Gabriela Chaves 

Sim é Preciso! Mas cuidando do estilo de vida que gera terreno biológico alcalinizante e rico de micro-organismos do bem: numerosos e em biodiversidade.

Nossa convidada a nutricionista funcional e clínica, escritora (Nutrição Funcional para Alérgicos) e professora, dra. Gabriela Chaves, especialista em doenças crônicas e degenerativas - @nutrigabrielachaves - deu bases de conhecimentos, formas e sugestões de como nos desparasitarmos com protocolos mais fitoterápicos e naturais.

Eu falei de alimentação e estilo de vida alcalinizante, baseado em plantas frescas e locais. Um convite: Bora saber mais sobre o poder alcalinizante do limão em nossas vidas e saúde!?

Assista agora a live na íntegra:

Antes de irmos às dicas, um alerta:

São dicas ok? Também reflexões sobre a desparasitação como 'moda', mais preocupante ainda quando usa-se protocolos com vermífugos alopáticos (veja texto na sequência de 3 médicos que alertam sobre a desparasitação com medicamentos). E além das dicas e reflexões, é importante você consultar um profissional da saúde mais humanista, mais naturopata, que acompanhe sua real necessidade, frequência e resultados da desparasitação. Como a dra. Gabriela comentou na live, os exames de sangue, antes e após, são bons sinalizadores dos resultados alcançados... Que irão definir a frequência de desparasitações ao longo do ano.

Vamos às dicas da dra. Gabriela?

A desparasitação natural precisa de um preparo, antes de começar numa lua NOVA (desova), ou seja, 3 semanas antes da lua CHEIA (eclosão) será preciso:

1) Fortalecer o Sistema Imune por 2 semanas com, por exemplo:

- Própolis (10 gotas), 1 dedo de cúrcuma e de gengibre (frescos, ralados e coados), num copo com suco de 1/2 limão e 1 colher (chá) de mel (ou melado); e/ou

- Oxigenar com Óxido de Magnésio: tomar em cápsulas antes de deitar; e/ou

- Cloreto de Magnésio PA (compra-se na farmácia: diluir 33 gramas em 1 litro de água filtrada). com suco fresco de 1/2 limão + 1 colher (chá) da mistura abaixo.
Em 1 pote de vidro juntar 1 colher (sopa) de carvão ativado + 1 colher (sopa) de maca peruana em pó + 1 colher (sopa) folhas de moringa em pó. Misture bem. Tomar ao acordar 1 colher (chá) desta mistura com 50 ml da solução de cloreto de magnésio (preparada como acima) + suco fresco de 1/2 limão.

A dra. Gabriela comentou na live que existem outras formas como homeopatias, florais quânticos e tinturas fitoterápicas... Converse com seu médico ou nutricionista.

2) Fazer um DETOX de metais pesados por 1 semana com, por exemplo:
- Clorella ou Espirulina; e/ou
- Óleo de alho com orégano; e/ou
- Tintura de coentro; e/ou
- Argila verde no abdomen; e/ou
- Bochecho com leite de linhaça por 5-10 minutos; e/ou
- Florais quânticos quelantes...

3) Iniciando a lua NOVA até o final da lua CHEIA (21 dias) vamos às opções de desparasitação natural...
- Protocolo FIOCRRUZ: chá com 500 ml de água e 10 gramas de absinto (ou losna) = 3 xícaras (160 ml)/dia por 3 dias. Parar 4 dias e recomeçar pelas segunda e terceira semanas.

- Protocolo FIOCRUZ: suco com 3 talos de agrião batido com 200 ml. Tomar 2 sucos/dia por 3 dias. Parar por 4 dias e recomeçar pelas segunda e terceira semanas.

- Protocolo HULDA CLARK: misturar em partes iguais a tintura 20% absinto + tintura 20% de cravo + tintura 20% de nogueira. Adultos: 20 gotas em meio copo de água 3 vezes/dia. Crianças até 15 kg são 10 gotas 3 vezes/dia. Tomar por 21 dias.

- Misturar em partes iguais a tintura 20% erva de santa maria + tintura 20% de erva doce + tintura 20% de hortelã. Adultos: 20 gotas em meio copo de água 3 vezes/dia. Crianças até 15 kg são 10 gotas 3 vezes/dia. Crianças acima de 15 kg 20 gotas 2 vezes/dia. Tomar por 21 dias.

IMPORTANTE 1:
Gestantes não devem desparasitar. Em amamentação pode.
Mas o médico desta mãe deverá avaliar cada caso!!!

IMPORTANTE 2: RE-LEIA O ALERTA ACIMA
Se tiver um histórico de contaminação: repetir na próxima lua.
Se a sua saúde ou meio ambiente é ruim: a cada 3 meses.
Se a pessoa é saudável: a cada 6 meses.

A dra. Gabriela deu outras dicas, mas estas são as mais importantes!

A minha desparasitação foi com o cloreto de magnésio conforme descrito acima (tarjado em verde) e o chá que descrevo abaixo.

Mas usei também o trio Própolis/Gengibre e Cúrcuma (com suco fresco de limão) 2 vezes/dia + Óxido de Magnésio (à noite antes de dormir). Ver acima tarjados em verde.

O chá: 1 litro de água filtrada + 1 colher (sobremesa) de cáscara sagrada + 1 pau de canela + 3 moedas de gengibre. Aquecer a água, desligar o fogo, acrescentar as ervas e deixar infundir por 15 minutos. Filtrar e tomar 4 xícaras (chá)/dia ao longo dos 21 dias da desparasitação. Atenção: como ele é muito ruim de sabor eu acrescentava o suco fresco de 1/4 de limão a cada toma. IMPORTANTE: ESTA VERSÃO É BEM FORTE. PODE TER INCÔMODOS como diarreia, dor de cabeça. Se isso acontecer diminua a dose ou interrompa a desparasitação e faça com uma das tinturas sugeridas acima.

Complemente a live com o texto abaixo:

Por Bárbara Stefanelli - Colaboração para o UOL VivaBem *
Em SET 2019 

Há algumas três ou quatro décadas, era bastante comum dar remédios contra vermes de tempos em tempos às crianças, para mantê-las protegidas de parasitas. E isso fez com que muitos adultos, até hoje, acreditem que é importante consumir o remédio periodicamente.

Aliás, é possível encontrar terapeutas e até nutricionistas de linhas mais naturais que indicam vermífugos aos pacientes, como uma maneira de "livrar o corpo de impurezas". Mas saiba que a prática não é recomendada e pode trazer problemas à saúde.

Por que não precisamos tomar vermífugo?

No passado, existia a crença de que era necessário tomar o medicamento nos meses sem a letra "R" ou na lua minguante. E, se possível, juntando os dois momentos. Só por essa "teoria" você já deve imaginar que muitos adotavam o método sem qualquer comprovação científica e orientação profissional.

Até os anos 1990, quando o saneamento básico de diversas cidades era precário e havia muito esgoto a céu aberto, usar vermífugos frequentemente até podia ser algo necessário e recomendado pelos médicos, pois muitas crianças e adultos estavam sob risco de contaminação. No entanto, hoje não faz mais sentido consumir a droga sem prescrição, principalmente nas metrópoles, onde há um bom sistema de esgoto e as crianças mal brincam na natureza ou na terra - locais onde há a chance de contaminação por verminoses como amarelão, giardíase e oxiuríase, por exemplo.

Logo, a prática de ingerir vermífugos regularmente só deve ser adotada em áreas em que há recomendação dos órgãos de saúde.

Qual o risco de tomar vermífugo sem necessidade?

Ao tomar o remédio sem ter, de fato, algo a ser combatido, a pessoa corre o risco de se expor sem necessidade aos efeitos colaterais desta forte medicação, que pode causar desconforto gástrico, enjoo, tontura, sonolência, entre outros problemas.

Além disso, a droga tem o poder de alterar a população de bactérias (microbiota) do organismo, que regula o sistema imunológico e a resposta do corpo ao estresse, participa da absorção de nutrientes essenciais, nos protege de germes virulentos etc. Estudos já associaram o desequilíbrio da microbiota a problemas intestinais, obesidade, depressão e até doenças do coração e câncer.

Portanto, o vermífugo é um remédio que deve ser tomado apenas com prescrição médica, após a detecção de sintomas muito evidentes ou de um exame de fezes, por exemplo, ou quando há recomendação de órgãos de saúde.

Quem precisa tomar vermífugo com regularidade?

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o tratamento preventivo usando anti-helmínticos (isto é, vermifugação) deve ser feito uma vez por ano em áreas endêmicas com mais de 20% de prevalência de helmintos. E duas vezes por ano em áreas com mais de 50% de prevalência, principalmente em crianças em idade escolar (5 a 14 anos) ou pré-escolar (1 a 4 anos), já que essas verminoses atrapalham o sistema cognitivo. Além disso, a infecção helmíntica transmitida pelo solo resulta em má absorção de macro e micronutrientes, o que acarreta em desnutrição e anemia por deficiência de ferro.

Nessas regiões, o tratamento repetido regularmente tem demonstrado melhorar os indicadores de morbidade de helmintos transmitidos pelo solo, incluindo também maior crescimento, habilidades cognitivas e frequência escolar deste grupo. Agora, repetimos, se você não vive em regiões muito pobres e já é maior de idade, nem pense em tomar vermífugo para "tirar as impurezas do corpo". E, se desconfiar que a criança da família está com sintomas de verminose (diarreia, dor abdominal, cansaço constante, presença de pontos brancos nas fezes, entre outros), leve-a ao médico.

Fontes:
- Carolina Peev, pediatra, alergista e chefe de plantão do Hospital Infantil Sabará (SP);
- Nilton Carlos Machado, professor do departamento de pediatria, da Faculdade de Medicina da Unesp (Universidade Estadual Paulista), campus de Botucatu; e
- Ricardo Barbutti, gastroenterologista do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).

(*) UOL VivaBem