Alimentação
Mãe: Amamentação, um novo olhar - Parte 2
Albermari Sobreira *
O bebê chega ao mundo com a sua marmitinha a tira colo. Deus é tão maravilhoso e preocupado, que a adaptação desse novo Ser ao mundo não vai gerar nenhum gasto com sua alimentação. Ele tem em sua gestora e mãe, os suprimentos necessários para os primeiros meses de vida.
Basta a mãe estar conectada à fonte e acreditar em si, na força da criação e seus propósitos!
É aí que mora o primeiro desafio, quando as dificuldades com a amamentação começam acontecer. Quando foi tirado da mulher, ao longo dos anos, a confiança no seu real poder de suprir as necessidades do bebê: físicas, emocionais, afetivas, mentais e espirituais.
As mulheres, desde os primórdios, sempre tiveram filhos e isso, lamentavelmente, sempre foi percebido como algo corriqueiro do cotidiano feminino. Os homens caçavam, trabalhavam e as mulheres reproduziam, procriavam. O parto era visto como o final de um processo, de caráter totalmente feminino, onde as mais experientes ajudavam as mais novas. Os homens iam para guerras, mas as verdadeiras heroínas sempre foram as mulheres. Almas fortes, corajosas, desbravadoras e guerreiras.
A amamentação é um dos primeiros ato reflexo do ser humano e, apesar da sua fundamental importância, na maioria das vezes é tratada apenas como uma das maneiras que o bebê tem para se alimentar.
Amamentar não é só oferecer um leite rico em nutrientes e anticorpos ao recém-nascido. O seio materno é o segundo útero do bebê, onde ele continuará gestando por mais 12 meses. Ao nascer, ele continua necessitando desse sangue para o seu desenvolvimento motor, psicológico, emocional,... só que agora através do leite.
O leite materno é o sangue da mãe transformado em leite. Por isso, nenhum leite materno é fraco.
O bebê se desliga do cordão umbilical e se re-liga ao peito da mãe. Ali ele irá continuar recebendo toda a energia e força propulsora que necessita para essa longa jornada: a encarnação.
O bebê precisa de tempo para se ambientar nesse novo espaço, ele é um Ser muito sutil, frágil, atemporal, que deve ser respeitado e compreendido.
Quando o bebê é desligado do cordão umbilical, ele perde seu casulo, suas referências. Depois de nove meses ele é tirado do seu habitat, desligado do cosmo. Imagine o trauma deste momento e os dias e meses que se sucedem.
O peito da mãe é a via láctea do bebê, é o único vínculo físico que permanece após o parto. E, somente pelo ato de sugar no peito da mãe, o bebê consegue sentir alguma ligação e segurança com o universo da criação.
Portanto, durante seus primeiros meses de vida, o universo do bebê é o peito materno, o contato, calor e sons da mãe.
Antes ele estava dentro de uma bolsa de água abençoada, agora ele está do lado de fora dela, só podendo acessá-la via águas internas da sua mãe. Aos poucos, com muita paciência e tranqüilidade da mãe (indiretamente do pai), ele vai percebendo e ampliando esse universo.
Através do seio da minha mãe, eu conheço e reconheço o meu mundo.
Ele é minha segunda morada. Nele eu me alimento, durmo e me regozijo.
paz, quando me sinto só.
O seio da minha mãe é a lente por onde eu começo a enxergar o mundo.
Sem ela tudo fica nublado, sem foco.
O seio da minha mãe me dá coragem, confiança. Me ensina a reconhecer o amor.
Concluindo
De todas as vezes que o bebê solicita o peito materno, nem todas é por fome de nutrientes ou sede, mas certamente para se acalmar, sentir amado, desejado, acolhido neste novo lar: a Terra.
Mamar no peito da mãe não é uma dependência, mas uma necessidade existencial.
Uma mãe que oferece seu peito ao filho, sempre que ele ou ela mesma desejar, estará criando entre eles o maior elo de amor, cumplicidade e segurança que pode existir. É como lhe confirmar que ele tem um lar, um lugar de chegada.
Quando desmamar?
Durante o primeiro ano de vida, o bebê usa o peito da mãe como ponto de partida para tudo. Seria como um elástico, que ele avança um pouco, mas logo volta.
Após esse período, quando ele começa a andar, entre 9 e 12 meses, esse peito já pode ir sendo substituído pelas mãos da mãe, por onde ele continuará conhecendo o mundo.
A partir do andar, o bebê muda seu eixo postural, a sua maneira de olhar e experimentar coisas novas. Agora ele vislumbra novas fronteiras, novos horizontes. Conseguir movimentar-se sozinho, conquistar o espaço físico à sua volta, se torna fascinante e diferente.
Em alguns casos, a partir do andar a criança deixa, por si só, de mamar no peito.
Se o relacionamento com a mãe foi sempre de tranquilidade e confiança, nessa hora ele estará munido de bons sentimentos, com segurança e capacidade suficiente para começar sua verdadeira jornada na terra.
A ligação contínua com a mãe, garante ao bebê uma rotina íntima muito saudável, fortalecendo e capacitando seu processo de autoconhecimento.
Percebemos, então, a real importância desse primeiro ano de vida do bebê, da formação de suas estruturas (em todos os níveis de consciência) e da velocidade que tudo acontece nestes 12 meses.
A eficiente comunicação sem palavras da mãe com o recém-nascido, somente através do seu leite, toque de suas peles e da expressão dos olhares, será rapidamente substituída por sons, gestos e expressões faciais.
Vivenciar cada minuto de vida do bebê, as primeiras impressões desse Ser, talvez seja, como retroceder o nosso próprio filme e conhecer como de fato, também foi a nossa chegada à terra. Através deste contato tão íntimo de amamentar um filho, a mãe terá a oportunidade de se conhecer melhor, de se aprimorar, de evoluir.
Aproveitar cada segundo da vida de um filho, trocando sentimentos, fortalecendo vínculos, é como passar horas orando à Deus, é a mais pura comunhão de almas.
Comentários da Conceição Trucom
Conversar e ler os textos da Albermari me faz sentir a vontade de gestar meus filhos novamente. Mas, como não posso voltar no tempo, tenho através dos meus livros e deste site, a oportunidade de transbordar para todas as mães que estão chegando a tempo.
Desejo também ressaltar, que nem todas as mulheres desejam ou podem gestar um filho, o que não as impede de gestar muitas e muitas coisas, como por exemplo, textos, livros, palestras, artes, idéias, caminhos, atalhos e balões.
Leia também: Mãe: Gestação, um novo olhar - Parte 1
Amamentação – ação mental de amar
Data prevista do lançamento: 26/06
Com postagens a partir de segunda-feira 28/06
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(*) Albermari Sobreira é mãe e consultora de gestantes e amamentação. Autora do livro Divino Leite - a contimuidade do parto - editora All Print.
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* Conceição Trucom (Instagram: @conceicaotrucom) é química, pesquisadora, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida. Possui 10 livros publicados, entre eles O Poder de Cura do Limão (Editora Planeta), com meio milhão de cópias vendidas, Mente e Cérebro Poderosos (Pensamento-Cultrix) e Alimentação Desintoxicante (Editora Planeta).
Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações e citadas a autora e a fonte: www.docelimao.com.br
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