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RAINHAS!!!
A quantidade de carboidratos é mais elevada nas frutas do que nas verduras e hortaliças, o que as torna alimentos mais energéticos. Esses carboidratos são formados principalmente por monossacarídeos e dissacarídeos (frutose e sacarose) porque são açúcares de fácil digestão e rápida absorção, daí a origem da palavra: frutas são frugais.
Só podemos encontrar amido (carboidrato complexo) na banana ‘de vez’ (pouco madura), que o contém em grande quantidade. À medida que a fruta amadurece, esse amido se transforma em açúcares simples de absorção rápida. A proporção de açúcar depende do tipo de fruta: a banana madura, o melão e os figos são as frutas que mais contêm açúcar. Tem também o abacaxi pérola e os caquis.
Sua água estruturada - coloidal = tensão superficial idêntica ao do organismo - chega em todas as células com informações e ação quase instantânea, levando nutrição, mas também limpeza e desintoxicação. Com seu elevado teor de água e fibras, somada à sua qualidade solar (em geral manifestada na forma da Vitamina C e as Citrinas), as frutas conseguem 'acordar' todos os sistemas excretores e, quando consumidas logo cedo, em jejum ou na refeição matinal, seu comando é: vitalidade, fluidez e faxina!
Procure saber que frutas são as da estação em sua cidade: algumas são de verão outras de inverno. Como consequência, o preço cai e, quanto mais barata estiver a fruta, maior a quantidade de nutracêuticos, melhor para nossa saúde: menor custo e maior benefício. Fruta da estação significa colheita farta, que a terra está oferecendo com alegria tudo o que nela está e, coincidentemente, tudo de que necessitamos naquela época do ano: as cores, texturas, aromas e sabores!
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Como parte do exercício de saúde, devemos frequentar as feiras de bairro, horti-frutis ou sacolões. Para quem reside próximo de zonas rurais, comprar do próprio produtor, como é o caso das feiras orgânicas. Como diz o Dr. Alberto em seu livro Lugar de médico é na cozinha (editora Alaúde): os feirantes estão vivos, não são como as frias prateleiras do supermercado. Eles conversam conosco, interagem, oferecem frutas para provar, cantarolam e, o melhor de tudo isso, trazem informações mais importantes do que qualquer revista ou livro, com a simplicidade e a alegria que lhes é peculiar.
Mas, quando a única solução está nos supermercados ou não tem orgânicos no pedaço, faça suas compras com a sua alegria, seus conhecimentos, suas escolhas atentas. Além daqueles que estão em maior oferta e menor preço, procure as frutas mais franzinas, com mais defeitinhos (não estragadas, não confunda), pois esta é a certeza de que ela teve que lutar sozinha (sem agrotóxicos) para dar conta das dificuldades que encontrou de solo, clima ou insetos.
Mil vezes uma maçã retorcida, com defeitos de pigmentação do que aquelas brilhantes, imensas e quase roxas de tão vermelhas: certamente artifícios da cultura extensiva ou convencional.
Todas as frutas são digeridas com facilidade e não é certo que sua acidez seja prejudicial à digestão, ao contrário, são promotoras da digestão. Não há nenhuma fruta tão ácida quanto o suco gástrico, que o estômago produz para digerir os alimentos. Quanto mais madura estiver uma fruta, mais digestiva e digerível será. A fruta que não está madura contém grande quantidade de celulose, que, ainda, não se transformou em açúcar; além de alergenos. Por essa razão, só usar frutas frescas e maduras nas papinhas do bebê. Caso contrário, diarreias, gases, cólicas dolorosas e até alergias poderão acontecer.
Como já coloquei no texto sobre a Combinação dos Alimentos, por ser a fruta um alimento de tão rápida digestão, é importante colocar atenção em regrinhas básicas do tipo combinar frutas cítricas com cítricas, frutas doces com doces e neutras com todas. Assim, evitamos gases e economizamos na demanda de energia gasta para a digestão.
As frutas doces requerem maior tempo de digestão, enquanto as frutas ácidas fornecem uma digestão mais rápida e leve.
Quase todas as frutas são cítricas. Por exemplo, além das laranjas, tangerinas e limões, as maçãs, peras, frutas silvestres como amora, pitanga, pitomba, tamarindo, groselha ou jamelão; todas são cítricas. Seguimos com jambo, carambola, abacaxi, manga, maracujá, goiaba, ameixa roxa, figos, uva e caju. Isso porque quase todas essas frutas, quando frescas, têm alto teor de ácido cítrico, ácido málico (irmão querido do ácido cítrico), ácido ascórbico (vitamina C) e ácido benzoico, todos com poderes nutracêuticos.
Frutas doces são a banana, jaca, fruta-do-conde e fruta-pão. São assim classificadas por serem mais alcalinas quando recém-colhidas, e pelo seu elevado teor de açúcar.
As frutas neutras são o mamão, abacate, água e polpa de coco-verde. Incluo aqui o limão porque ele combina com todo mundo e ainda ajuda todo mundo a ser mais digesto. Portanto, o limão é um caso à parte. É ácido no sabor, mas alcalinizante na função metabólica e neutro para fazer combinações amigáveis.
Muito cuidado com a melancia e os melões que são frutas solitárias (também chamadas de hiper-hídricas), pois em princípio não combinam com nada, exceção com o limão e as ervas frescas e digestivas como as mentas e a erva-doce. As frutas solitárias são indigestas se misturadas com qualquer outra fruta (ou alimento). Mas são deliciosas e altamente calóricas, o que as torna importantes para os atletas em fase de competição.
Curiosidade: botanicamente, o pepino, o tomate, o pimentão e a abobrinha são considerados frutas não doces. E, se você está buscando uma desintoxicação intensa, na hora de preparar os sucos, substitua as frutas por estas ‘frutas não doces’.
Muita atenção na hora de comprar e consumir as frutas desidratadas como damasco, passas brancas e pretas, tâmara e ameixa. Ao serem desidratadas passam a ser alimentos concentrados em frutose, não estão mais in natura, podendo causar problemas digestivos, gases e descontrole glicêmico. Também desidratação e cáries, caso não sejam pré-hidratadas antes de mastigadas. Portanto, a melhor forma de usá-las é integrando com outros alimentos em receitas originais e delicadamente doces.
As frutas desidratadas são úteis em alguns preparos da alimentação crua e viva para adoçar, produzir tortas, pavês e bolos, formando glacês e coberturas. Como mantêm sua acidez original, combinam com perfeição com as frutas cítricas e neutras.
A melhor fruta desidratada é aquela que produzimos domesticamente, usando somente a energia do sol para evaporar o excesso de água da fruta fresca, madura, in natura. Mas, na hora de comprar sempre será possível buscar produtores locais destas frutas desidratadas ao sol ou em fornos elétricos. Evite frutas desidratadas industrialmente em fornos à gás, pois sempre conterão traços desses gases de queima.
E, não esqueça de comprar as frutas usando a sua fome orgânica como sinalizador. Existem dias que saio de casa, por exemplo, com a manga na lista de compras. Ao chegar na feira porém, a fruta que mais me pede para ser comprada é o caju... Fazer o que? São as minhas células clamando pela alquimia do caju e informando que manga? Agora não!
Texto da série O Ser Ecológico vai à Feira
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Reprodução permitida desde que mantida a integridade das informações e citadas a autora e a fonte: www.docelimao.com.br
* Conceição Trucom (Instagram: @conceicaotrucom) é química, pesquisadora, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida. Possui 10 livros publicados, entre eles O Poder de Cura do Limão (Editora Planeta), com meio milhão de cópias vendidas, Mente e Cérebro Poderosos (Pensamento-Cultrix) e Alimentação Desintoxicante (Editora Planeta).