Por European College of Neuropsychopharmacology (ECNP)
Em 31 de agosto de 2015
Tradução Fernando Trucco **
Um grupo internacional de pesquisadores descobriram que o desejo por alimentos ativa diferentes redes cerebrais ao compararmos indivíduos obesos com os de pesos 'normais'. Isso indica que a avidez pela comida pode ter uma “fiação específica" no cérebro tornando-se um biomarcador funcional do cérebro.
A obesidade é um dos problemas mais difíceis enfrentados pela sociedade moderna. O tratamento da obesidade é uma prioridade de saúde, mas a maioria dos esforços (com exceção da cirurgia bariátrica) tem conseguido pouco sucesso. Em parte porque os mecanismos associados com a vontade de comer são ainda pouco ou mal compreendidos.
Estudos recentes estão começando a sugerir que os mecanismos cerebrais subjacentes à obesidade podem ser semelhantes aos da dependência a substâncias específicas, e que a metodologia de tratamento pode ser abordada do mesmo modo que outras formas de dependência, tal como a dependência ao álcool ou às drogas.
Para testar tal hipótese, um grupo de pesquisadores da Universidade de Granada, Espanha, e da Universidade de Monash, Austrália, procuraram as diferenças de conectividade funcional em sistemas de recompensa, entre os cérebros de indivíduos de peso normal e obesos.
Os pesquisadores ofereceram comida estilo buffet para 39 pessoas obesas e para 42 de peso normal. Mais tarde, eles foram colocados em scanners das funções cerebrais, máquinas de ressonância magnética, com as imagens sendo mostradas, enquanto as pessoas passavam por estímulos ao desejo por alimentos.
Os exames de ressonância magnética funcional mostraram que o desejo de ingerir alimentos está associado com conectividades cerebrais diferentes, dependendo se o sujeito tinha peso normal ou sobrepeso.
Os pesquisadores verificaram que em indivíduos obesos o estímulo do desejo de ingerir alimentos está associada com uma maior conectividade entre o caudado dorsal e o córtex somatossensorial, áreas que estão implicadas nos hábitos à base de recompensa e a codificação do valor energético dos alimentos respectivamente.
No entanto o desejo por alimentos em indivíduos de peso normal foi associado com uma maior conectividade entre diversas partes do cérebro - por exemplo, entre o putâmen ventral e o córtex orbito frontal.
Os investigadores mediram o Índice de Massa Corporal (IMC) três meses mais tarde e verificaram que os 11% do ganho de peso nos indivíduos obesos pode ser previsto pela presença da maior conectividade entre o caudado dorsal e as áreas do córtex somatossensorial do cérebro.
De acordo com o pesquisador-chefe, Oren Contreras-Rodríguez: "Há uma controvérsia em curso sobre se a obesidade pode ser chamada de um vício alimentar, mas na verdade há pouco trabalho científico que comprove se tal hipótese pode ser verdadeira.
Os resultados de nossos estudos apoiam a ideia de que o processamento de recompensa posterior a estímulos alimentares na obesidade está associada a alterações neurais semelhantes aos encontrados na dependência de substâncias nocivas à saúde do cérebro como o álcool.
Isto ainda precisa ser visto como uma associação entre o comportamento do desejo por alimentos e as mudanças no cérebro, ao invés de um relação de causa e conseqüência entre um e outro.
No entanto, estes resultados fornecem biomarcadores potenciais do cérebro que podemos usar para ajudar a controlar a obesidade, por exemplo, através de farmacoterapias e técnicas de estimulação cerebral que podem ajudar na ingesta de alimentos de controle em situações clínicas".
Pitaco da Conceição Trucom: concordo e apoio tais pesquisas, mas penso que apontar a luz no fim do túnel é importante... A todo momento, a todo custo! Um tratamento multi-disciplinar é o mais assertivo, com a dupla dinâmica aromaterapia e os sucos verdes selvagens como ferramentas de frente, abre alas que a cura vai chegar!!!
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Fonte: A matéria acima foi editada a partir de informações fornecidas pela Academia Europeia de Neuropsychopharmacology (ECNP). Science Daily, agosto 31, 2015.
(**) Fernando Trucco, Professional Translations. Reprodução permitida, desde que citada a fonte e o tradutor.
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* Conceição Trucom (Instagram: @conceicaotrucom) é química, pesquisadora, palestrante e escritora sobre temas voltados para alimentação natural, bem-estar e qualidade de vida. Possui 10 livros publicados, entre eles O Poder de Cura do Limão (Editora Planeta), com meio milhão de cópias vendidas, Mente e Cérebro Poderosos (Pensamento-Cultrix) e Alimentação Desintoxicante (Editora Planeta).
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